À primeira vista, quem olha fica impressionado. A fortuna dos Waltons, o clã que está por trás da marca Walmart Inc, vem crescendo cerca de US$ 70 mil por minuto, US$ 4 milhões por hora e US$ 100 milhões por dia.
Os dados são surpreendentes e foram fornecidos pela Bloomberg neste sábado (10). Os cálculos foram feitos pela agência de notícias com base no valor que a família detinha desde junho do ano passado até hoje.
E não é para qualquer um. Hoje, a família detém o topo do pódio no ranking das famílias mais ricas do mundo. Segundo números fornecidos pela agência de notícias, o clã alcançou a cifra de US$ 191 bilhões em 2019.
Conforme o último ranking apresentado pela Bloomberg com as famílias mais ricas do mundo em junho de 2018, os Waltons foram capazes de aumentar a sua fortuna em US$ 39 bilhões em apenas um ano, que antes era de US$ 152 bilhões.
A fortuna agregada do clã é maior que a de empreendedores como Jeff Bezos, da Amazon, e Bill Gates, da Microsoft, e que o PIB de países como Costa Rica e Panamá, por exemplo.
Alice Walton, filha do fundador do império, é atualmente a segunda mulher mais rica do mundo, com US$ 50,2 bilhões (R$ 197,8 bilhões), segundo a revista Forbes.
De uma geração para outra
A holding da família chamada de Walton Enterprise possui metade do Walmart. Mesmo assim, no ano passado, a parte societária que o clã detém da varejista garantiu cerca de US$ 3 bilhões em dividendos.
Ao todo, são três gerações de Waltons. Tudo começou com o avô, Sam Walton em 1945. Na época, ele montou uma pequena loja de varejo no Arkansas, no início dos anos 40.
Passados alguns anos, em 1962, ele decidiu investir 95% do seu capital para inaugurar a primeira unidade da rede Walmart. Daí em diante, a rede não parou mais de crescer.
Em seguida, em 1992, com a morte do antecessor, o filho mais velho Rob assumiu a presidência do grupo. Até que, em 2016, Steuart Walton entrou no lugar de seu pai no conselho da empresa.
Hoje, a rede Walmart é uma das maiores varejistas em termos de receita, com vendas de cerca de US$ 514 bilhões nas mais de 11 mil lojas que a companhia possui ao redor do mundo. E toda a estratégia revolucionária do negócio começou com Sam.
Assim como ele dizia, o mercado faz o preço e a indústria acompanha. Com preços melhores, o Walmart é capaz de atrair multidões de consumidores, forçando os fornecedores a estar em suas prateleiras e seduzindo investidores. Preço baixo é a essência da companhia.
Mas talvez as operações no Brasil sejam encerradas em breve. De acordo com informações veiculadas pelo jornal "O Estado de S.Paulo", no último dia 7 deste mês, um ano após adquirir a operação de 400 lojas e faturamento de R$ 28 bilhões, o fundo americano Advent enfrenta uma corrida para colocar nos eixos a complicada operação do Walmart Brasil.
Para facilitar o trabalho, o Advent chegou a tentar a comprar o Grupo Pão de Açúcar no País, mas o negócio não foi adiante, segundo apurou o jornal Estadão. Agora, o fundo se debruça na redução do complexo portfólio de marcas. A tendência, nesse processo, é que o nome Walmart perca força e possa até ser descartado em breve.
As mais ricas
Mas o clã das famílias mais ricas não é formado apenas pelos Waltons. Na segunda colocação está a família Mars. De acordo com dados da Bloomberg, a fortuna deles está em US$ 126,5 bilhões.
A dinastia empresarial começou com Frank Mars vendendo doces em Washington, em 1911, enquanto estava na escola. A empresa é conhecida pelos chocolates e doces, com produtos como M&M.
No entanto, produtos de cuidado animal das marcas Pedigree e Whiskas são responsáveis por quase metade da receita da empresa, que é de propriedade inteira da família Mars.
Uma das herdeiras é a neta do fundador, Jacqueline Mars. Formada em Antropologia, ela é divorciada e tem três filhos. Trabalhou durante 20 anos na empresa e participou da diretoria até 2016.
Hoje, ela é considerada a terceira mulher rica do mundo com uma fortuna de US$ 27,7 bilhões, segundo a Forbes.
Já em terceiro lugar está a família Koch, com uma fortuna de US$ 124,5 bilhões, segundo a Bloomberg.
Os irmãos Frederick, Charles, David e William herdaram do pai a empresa de fabricação, refino e distribuição de petróleo, produtos químicos e energia, fundada em 1940, chamada Koch Industries.
No início da década de 1980, em meio a uma briga familiar pelo negócio, Frederick e William deixaram a empresa, que na época era um conglomerado com receita anual de US$ 100 bilhões.
Em junho do ano passado, David Koch deixou a liderança da empresa por problemas de saúde. Ainda assim, o empresário possui grande influência na política norte-americana.
Atualmente, a Koch Industries é uma das maiores empresas de capital fechado dos EUA.