A Dívida Bruta do Governo Geral fechou março aos R$ 5,431 trilhões, o que representa 78,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
O porcentual, divulgado nesta terça-feira, 30, pelo Banco Central, é superior aos 77,4% do PIB de fevereiro.
Este é o maior porcentual da série histórica do BC, iniciada em dezembro de 2006. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
A Dívida Bruta do Governo Geral - que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais - é uma das principais referências para avaliação, por parte das agências globais de rating, da capacidade de solvência do País.
Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 54,4% para 54,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em março de 2019. A DLSP atingiu R$ 3,755 trilhões.
INSS na zona da degola
Durante a coletiva de imprensa para apresentação dos dados fiscais, o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou que o déficit de R$ 22,597 bilhões nas contas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em março é o pior resultado para o mês na séria histórica do BC.
Segundo ele, isso ocorreu porque houve concentração de pagamentos de sentenças judiciais no mês passado, o que elevou déficit do INSS.
Essa concentração tem sido comum nos meses de março nos últimos anos, conforme Rocha.
Ao comentar o déficit primário perto de R$ 100 bilhões nos 12 meses até março - resultado em grande parte motivado pelo rombo de R$ 197,366 bilhões no INSS - Rocha comentou que a cifra "ainda é grande", mas está em trajetória de redução.
Nos 12 meses até fevereiro, o déficit primário estava em R$ 105,818 bilhões.
*Com Estadão Conteúdo.