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J.P. Morgan aposta alto na Apple e espera crescimento de 18% no preço das ações até 2020

Depois de muita dúvida se os novos modelos apresentados pela Apple poderiam ajudar os números da companhia, os analistas do banco J.P. Morgan se mostraram mais otimistas com o mais novo lançamento da maçã mais famosa do mundo.

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Em relatório divulgado ontem (30), Samik Chatterjee, Joseph Cardoso e Bharat Daryani aumentaram o preço-alvo das ações da Apple (AAPL) em dezembro de 2020 para US$ 265, sendo que no fim deste ano a previsão é de que o preço fique em US$ 243.

A avaliação dos especialistas é que o desempenho da ação deve ser superior ao da média do mercado (overweight), ou seja, recomendam a compra.

Os especialistas esperam uma alta de 17,99% até 2020 em relação ao fechamento desta terça-feira (1º). Segundo eles, os motivos são o volume de vendas do iPhone 11 acima do esperado, juntamente com uma perspectiva de crescimento nas vendas em 2020 e 2021.

De olho no 5G

A expectativa mais positiva leva em conta a adoção da tecnologia 5G, que deve ser lançada até setembro de 2020. Para os três analistas, isso deve ajudar em termos de receita, o que consequentemente aumenta a confiança do investidor de que há um crescimento mais sustentável do indicador em meio ao mercado cada vez mais maduro e competitivo dos smartphones.

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Ao falar sobre as projeções para os próximos dois anos, os analistas estimaram ainda que a Apple venderá 198 milhões de aparelhos em 2020. E pontuaram também que esse número pode chegar a 200 milhões no ano seguinte.

Os investidores parecem ter gostado das projeções feitas pelo J.P. Morgan. Ontem (30), os papéis da companhia terminaram o dia cotados em US$ 223,97, uma alta de 2,35% em relação ao fechamento da última sexta-feira (27).

Hoje (1º), as ações da companhia fecharam o pregão com leve alta de 0,28%, cotadas em US$ 224,59. No ano, os papéis da Apple acumulam valorização de 43,34%.

Cada vez menos dependente

Apesar de o aumento nas vendas ser positivo para a empresa, o último balanço da companhia mostra que a receita da Apple depende cada vez menos do volume de vendas de celulares. O motivo? A companhia vem fazendo mais investimentos em serviços e outros produtos.

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Ao contrário do que apontavam as projeções para o balanço da Apple no segundo trimestre, a empresa capitaneada por Tim Cook reportou um conjunto de números relativamente sólido no segundo trimestre. 

Na ocasião, a queda nas vendas de iPhones foi compensada por um aumento nas receitas geradas com iPads, iMacs e serviços, e as perdas na China não foram tão grandes quanto o imaginado.

A receita líquida da Apple chegou a US$ 53,8 bilhões no trimestre encerrado em junho, cifra 1% maior que a contabilizada no mesmo período de 2018, de US$ 53,3 bilhões. O resultado ficou ligeiramente acima da média das estimativas de analistas consultados pela "Bloomberg", que apontava para receita de US$ 53,35 bilhões.

De qualquer forma, pela primeira vez desde 2012, menos da metade da receita da companhia veio dos iPhones, o que é positivo, porque mostra que um volume de vendas menor dos aparelhos afeta muito menos a companhia.

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Por outro lado, o lucro líquido da empresa da maçã caiu 12,8% na mesma base de comparação, para US$ 10,04 bilhões. O lucro por ação, métrica que é acompanhada mais de perto pelos analistas lá de fora, ficou em US$ 2,18 — abaixo dos US$ 2,34 vistos há um ano.

Mas, apesar da queda na comparação anual, o lucro por ação ainda ficou acima das projeções dos analistas, que esperavam um ganho de US$ 2,10, também de acordo com a média calculada pela "Bloomberg".

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