A Oi divulgou seus resultados para o 3º trimestre nesta quarta-feira, 14, e eles não foram muito animadores. A companhia, que está em recuperação judicial, registrou um prejuízo líquido de R$ 1,336 bilhão, 70 vezes maior àquela registrada no mesmo período de 2017. de R$ 19 milhões.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina atingiu R$ 1,459 bilhão, queda de 9,1% na comparação anual. A margem do Ebitda de rotina encolheu 0,3%, para 26,6%.
A receita líquida foi a R$ 5,481 bilhões no terceiro trimestre, baixa de 8,1%.
A maior parte do salto no prejuízo da Oi está relacionada à oscilação cambial. A operadora apresentou um resultado financeiro líquido consolidado negativo de R$ 1,455 bilhão no terceiro trimestre de 2018, ante um resultado positivo de R$ 17 milhões no mesmo período de 2017.
Na contramão do prejuízo, investimentos sobem
Um destaque positivo do balanço trimestral da Oi foram os investimentos. Ao somarem R$ 1,526 bilhão no terceiro trimestre de 2018, eles consolidaram um crescimento de 13,4% em relação ao mesmo período de 2017. No acumulado de janeiro a setembro de 2018, os investimentos somaram R$ 4,021 bilhões, expansão de 4,5% em relação aos mesmos meses do ano passado.
Segundo informações da empresa, o avanço reflete o início da aceleração de investimentos previsto no plano de recuperação judicial da companhia, aprovado em assembleia de credores.
"Novo ciclo de investimentos visa a proteger a base de clientes, melhorar a qualidade de serviços e aumentar a participação de mercado capturando oportunidades de crescimento".
Para isso, a companhia afirmou que irá focar o investimento no acesso fixo e móvel, aumentando a oferta de banda larga de alta velocidade e cobertura móvel 4G e 4,5G nos clusters e cidades que foram priorizadas conforme o plano.
*Com Estadão Conteúdo