O dólar encerrou o dia em queda nesta sexta-feira, 21, com alívio de tensões no exterior e sem grandes surpresas no cenário eleitoral local.
A moeda americana caiu 0,58%, a R$ 4,0504, a menor cotação em um mês. Ontem, o dólar recuou 1,38% e encerrou o dia negociado a R$ 4,074.
A moeda manteve o patamar de ontem, abaixo dos R$ 4,10, chegando a cair a R$ 4,05 logo após a abertura.
Enquanto isso, por aqui
A divulgação de um vídeo de Jair Bolsonaro (PSL) aparentemente recuperado animou o mercado e a moeda encostou no patamar dos R$ 4,02 ao longo da tarde.
https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1043159966281023488
Já há no mercado um consenso de que o presidenciável deve encarar Fernando Haddad (PT) em um eventual segundo turno.
Ontem, o debate na TV Aparecida, com Fernando Haddad (PT), mas sem Bolsonaro, foi tão morno que não teve um desdobramento que pudesse afetar o mercado hoje.
Rumo aos emergentes
Uma onda de investidores internacionais migrando investimentos para países emergentes corroborou para o enfraquecimento da moeda, que acumulou perda de 2,75% na semana, a maior desde julho de 2017 (3,07%).
Atento ao velho continente
No exterior, o mercado passou a ficar atento ao cenário político no Reino Unido. A libra perdeu força depois que líderes da União Europeia alertaram a primeira-ministra, Theresa May, que devem segurar o Brexit caso ela não negocie um acordo de comércio com a Irlanda, que optou por não sair do bloco.
Projeção (quase) otimista
Segundo o último boletim Focus, do Banco Central, a taxa de câmbio deve fechar o ano em R$ 3,83 ante os R$ 3,80 do relatório anterior. Para 2019, a previsão foi de R$ 3,70 para R$ 3,75.