‘Tudo foi muito mal na bolsa’: mercado superestimou a reabertura e tese falhou arrastando ações do Magalu (MGLU3)); descubra o que deu errado 

Com o início da vacinação contra o coronavírus, a esperança em relação ao retorno à normalidade dominou as bolsas no mundo inteiro.

No Brasil,  a demora para o começo da imunização não impediu que que o mercado local também vislumbrasse uma luz no fim do túnel e a retomada das ações ligadas à economia doméstica.

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As projeções, no entanto, não se confirmaram e as ações do setor de varejo, shoppings e turismo amargam perdas significativas no ano.

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Até mesmo empresas que dependiam menos do processo de reabertura, como o Magazine Luiza (MGLU3), naufragaram no segundo semestre de 2021. A bolsa brasileira nadou na direção contrária dos demais índices globais e acumula queda de quase 12% no ano. 


Mas o que deu errado? 

Apesar da vacina, a reabertura aconteceu em um momento de caos. De um lado, o desemprego em alta e a inflação. De outro, o Banco Central aumentando os juros. 


Para Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, a culpa não é da tese da reabertura: “não é que a tese de reabertura deu errado. Tudo foi muito mal na bolsa.” 

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Para um gestor ouvido pelo Seu Dinheiro, o mercado financeiro superestimou o destino da poupança recorde registrada durante a quarentena e o potencial que a demanda reprimida dos piores meses da pandemia teriam na economia.


Barosi aponta outros culpados: o timing é o principal. Como os ganhos da reabertura foram no primeiro semestre, quando o Brasil ainda enfrentava a segunda onda com novas medidas restritivas, não foi possível colher todos os frutos deixados pelo exterior positivo. 

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Quando a reabertura começou já era tarde e os olhos dos investidores estavam voltados para elevação dos juros, inflação e as novas cepas que começavam a assombrar a Europa.


“O grande ponto é que se a gente tivesse antecipado o processo de inoculação da população, provavelmente teríamos um baita primeiro semestre. Nosso problema nunca foi a capacidade de vacinar e sim a falta de imunizantes”, explica.


O economista cita também um elemento típico do setor varejista, que inclui empresas como Magalu: com múltiplos esticados, os investidores estavam precificando as companhias quase à perfeição, o que gerou frustração com os resultados, mesmo que tenham crescido no terceiro trimestre   

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Webstories: Beatriz de Azevedo 


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