quem sai lucrando com a crise hídrica brasileira?
Em 2021, exatos vinte anos depois da maior crise de energia do país, estamos correndo sérios riscos de passar por mais uma crise hídrica
Em junho, a Aneel decidiu aumentar a tarifa para a bandeira vermelha nível 2, o que significa que os consumidores irão pagar a maior tarifa possível
À medida que os reservatórios do país chegam à estação mais seca do ano em níveis críticos, aumenta o receio de que aconteça o mesmo que em 2001…
Um enorme racionamento de energia que custou ao país cerca de R$ 45 bilhões de reais, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU)
Além das indústrias intensivas no uso de energia elétrica que pagarão mais caro, a maior parte das geradoras de energia acaba sofrendo com esse tipo de cenário
Dependendo do nível dos reservatórios, elas poderão ser impedidas de gerarem boa parte da energia que se comprometeram a vender
Um bom exemplo disso é a Cesp (CESP6), cujas ações sofreram durante a crise hídrica de São Paulo nos anos de 2014 e 2015
Como é o caso da Eneva (ENEV3), uma das companhias preferidas para 2021
Mas apesar de algumas companhias sofrerem com a estiagem, existem modelos de negócios que acabam se aproveitando da seca e da menor geração hidrelétrica no país
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Reportagem
Ruy Hungria
Helena Aymee