Os Fundos Imobiliários (FIIs) perdem a graça se forem tributados?
No projeto de Reforma Tributária, o governo quer a tributação de 15% sobre rendimentos de fundos imobiliários.
Isso pegou mal no mercado, já que a isenção do imposto de renda é um dos principais atrativos deste mercado para a pessoa física.
De acordo com Caio Araújo, analista de investimentos na Empiricus, seria razoável esperar por uma queda de 5% a 10% nos preços dos fundos, se a proposta avançar.
Se os rendimentos forem tributados, os preços teriam que "se ajustar para baixo" para o retorno dos FIIs continuar atrativo.
Mas, calma:
A atual desvalorização deve ser temporária. Afinal, a isenção não é o único atrativo dos fundos imobiliários para o investidor pessoa física.
Ele têm outras vantagens como: alta liquidez, diversificação de investimentos com poucos recursos, pouca burocracia em pôr um imóvel para alugar e gestão do imóvel com custos otimizados.
Além disso, os cotistas de fundos que não se encaixam na isenção têm seus rendimentos anuais tributados em 20% hoje. Com a proposta, o percentual cai para 15%.
Isso abre as portas dos FIIs para grandes investidores institucionais e o mercado não fica restrito às pessoas físicas
Com isso, aumenta-se a liquidez e os ativos podem se valorizar com a maior injeção de capital nesse mercado.
Há outro detalhe: mesmo com a tributação, os fundos imobiliários ainda têm maior retorno do que a renda fixa.
Então, o investimento continua atrativo a longo prazo.
Passado esse momento de decepção, os FIIS passarão a ser comparados com outras classes de ativos que também serão tributados.
Ou seja, eles não são prejudicados em comparação com outros ativos.
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Matéria: Julia Wiltgen Webstories: Beatriz Azevedo
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