17 de maio, 2022.
Beatriz de Azevedo
É o fim do Magazine Luiza (MGLU3)? Empresa de Luiza Trajano teve prejuízo e ações devem continuar indo mal na bolsa; entenda e veja os resultados
Com prejuízo no primeiro trimestre, o banho de sangue deve continuar para as ações do Magazine Luiza (MGLU3). A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 161,3 milhões entre janeiro e março, contra lucro de R$ 258,6 milhões no mesmo período do ano anterior.
Não é de hoje que os papéis da varejista estão apanhando na bolsa. Nos últimos 12 meses, as ações despencam mais de 76% e quem comprou no começo deste ano também está vendo o dinheiro encolher: a queda já é de 33%.
Mas o que está acontecendo com a ação que já foi estrela na bolsa?
Três fatores explicam a queda acentuada da empresa: a inflação à solta, juros em alta e o aumento da concorrência, principalmente internacional, no setor.
Inflação comendo solta:
Além de diminuir o poder de compra da população (o que é especialmente ruim para ações de varejistas de bens duráveis, como o Magalu), a alta dos preços também faz com que o Banco Central continue ‘firme e forte’ na subida dos juros no país.
Isso faz com que a empresa saia prejudicada justamente por ser destaque nos setor de eletrônicos, afinal, trata-se de uma área muito dependente de crédito. Assim, a analista da Empiricus, Larissa Quaresma afirma: não é hora de comprar MGLU3.
Mas nem tudo é notícia ruim. Segundo o JP Morgan, a proximidade da Copa do Mundo do Catar melhora a perspectiva de alta dos negócios e deve aumentar as margens do Magazine Luiza.
Ainda assim, o JP cortou o preço-alvo da ação. As estimativas saíram de R$ 9,00 para R$ 6,50 antes do balanço — a alta potencial das ações, no entanto, ainda é de cerca de 48% em relação às cotações atuais de R$ 4,38.