🔴 [EVENTO GRATUITO] COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE AQUI

Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Topa?

Um modelo de empresa para concorrer com a agiotagem

Bolsonaro sancionou a criação da Empresa Simples de Crédito (ESC) buscando estimular financiamento para micro e pequenas empresas

Eduardo Campos
Eduardo Campos
24 de abril de 2019
16:44 - atualizado às 17:55
Notas de real nas mãos de uma pessoa
Segundo assessor do Ministério da Economia, as achamadas ESCs poderão concorrer com a agiotagemImagem: Shutterstock

O presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto de lei que criou a Empresa Simples de Crédito (ESC), que tem por objetivo ampliar o acesso a financiamentos para micro e pequenas empresas.

O projeto é um sonho antigo do ex-presidente do Sebrae e atual assessor especial do Ministério da Economia Guilherme Afif Domingos, para quem a ESC poderá concorrer com a agiotagem, que segundo ele virou oficial, pois os bancos cobram juros muito elevados em linhas como cartão de crédito e cheque especial.

Outros projetos com o mesmo teor já tinham tramitado no Congresso, mas o Banco Central (BC) sempre se colocou contrário à ideia.

Desta vez, no entanto, até o presidente do BC, Roberto Campos Neto, compareceu à cerimônia, ao lado do ministro Paulo Guedes. Os dois não fizeram pronunciamentos.

Mesmo não tendo participado da elaboração do projeto, as “digitais” ou a distância do BC podem ser verificadas. As empresas não poderão captar recursos de terceiros, não podem se alavancar (como tomar empréstimos para repassar) e têm atuação limitada à localidade onde estiver registrada. Além disso, os nomes não podem fazer alusão a instituições financeiras.

Além de crédito e financiamento, a ESC também poderá fazer o desconto de duplicatas (título de créditos). A receita bruta anual não pode passar de R$ 4,8 milhões e a remuneração da empresa só poderá ser feita via cobrança de juros, sendo vedada taxas ou tarifas.

Segundo Afif, o controle das empresas será feito pela Receita Federal, que por meio das declarações prestadas vai atestar o limite de receita.

A ESC pode ser constituída como empresa de responsabilidade limitada (Eireli), micro- empresário individual (MEI) ou sociedade limitada (LTDA). O controle é exclusivo de pessoas físicas e apesar de ter Simples no nome, o regime tributário não é o do Simples Nacional. A ESC terá de optar pelo regime de lucro presumido ou lucro real.

Até R$ 20 bilhões por ano

Em nota, o Ministério da Economia afirma que a ESC pode injetar até R$ 20 bilhões por ano em novos recursos para pequenos negócios. Tal valor representaria 10% do mercado de concessão de crédito para micro e pequenas empresas, que foi de R$ 208 bilhões, no ano passado.

Estimativas do Sebrae, citadas pelo Ministério da Economia, mostram que esses R$ 20 bilhões poderão ser alcançados assim que as primeiras mil ESC estiverem em atividade.

Juros

Segundo Afif, o juro no país é elevado pois temos um oligopólio e a procura é muito maior do que a oferta.

A ideia é que a ESC estimule a concorrência e baixe as taxas de juros. “A ESC começa a criar o furo no dique para começar a concorrência no sistema financeiro”, disse Afif.

A ideia é que a ESC ofereça crédito “como antigamente”, com emprestados e tomador “olhando olho no olho”.

Questionado sobre o risco de lavagem de dinheiro, Afif disse, parafraseando ministro do STF, que o receio do abuso não cercear o uso. “A lavagem é o abuso”, disse, lembrando que quando a empresa for registrada, o empresário tem que comprovar a origem dos recursos.

Compartilhe

RESULTADO DO LEILÃO

Teste para a Sabesp? Em primeira privatização de Tarcísio, fundo arremata Emae por R$ 1 bilhão

19 de abril de 2024 - 19:51

Com ágio de 33,68%, o fundo arrematou a estatal e passará a gerir um ativo com 906 megawatts (MW) em geração hidrelétrica

RECUOU?

A explicação do ex-conselheiro da Vale (VALE3) após a acusação de interferência do governo na mineradora

19 de abril de 2024 - 19:41

O assunto voltou à tona na resposta a um ofício da CVM, que solicitou esclarecimentos sobre as recentes declarações de José Luciano Eduardo Penido

POR DENTRO DA OPERAÇÃO

Tchau, Vale (VALE3)? Por que a Cosan (CSAN3) vendeu 33,5 milhões de ações da mineradora

19 de abril de 2024 - 19:28

A Cosan também quitou R$ 2 bilhões do saldo remanescente do endividamento e liquidação dos derivativos atrelados às ações da Vale

Cura até coração partido

E agora, Ozempic? Caneta emagrecedora Zepbound se mostra promissora no tratamento da apneia do sono

19 de abril de 2024 - 18:45

De acordo com dados preliminares de ensaios clínicos, a Zepbound foi mais eficaz que um placebo na redução da gravidade da apneia obstrutiva do sono

REPORTAGEM ESPECIAL

Petz (PETZ3) mira fórmula “Raia Drogasil” em fusão com a Cobasi, mas mercado ainda é cético com modelo de negócios

19 de abril de 2024 - 15:35

Fundador da Petz, Sergio Zimerman falou sobre a fusão em teleconferência com analistas, que não contou com a presença de ninguém da Cobasi

RECICLAGEM DE ATIVOS

Log (LOGG3) garante mais de R$ 500 milhões para o caixa com nova venda de galpões para fundo do BTG

19 de abril de 2024 - 10:57

Vale relembrar que o FII foi criado justamente para investir nos imóveis da companhia e já havia comprado cinco outros galpões da Log no ano passado

NEGÓCIO ANIMAL

Petz (PETZ3) e Cobasi selam acordo para fusão que cria gigante do mercado pet; ações disparam mais de 40% na abertura na B3

19 de abril de 2024 - 8:19

Juntas, Petz e Cobasi formarão rede de 483 lojas e faturamento de aproximadamente R$ 6,9 bilhões. Cada rede terá 50% do negócio combinado

NA QUINTA TENTATIVA

Credores aprovam plano de recuperação judicial da Oi (OIBR3) após assembleia se estender até madrugada; veja detalhes

19 de abril de 2024 - 7:17

O documento obteve o aval de 79,87% dos credores presentes no encontro desta quinta-feira (18)

DINHEIRO NO BOLSO

CCR (CCRO3) e Vibra (VBBR3) anunciam mais de R$ 1,2 bilhão em dividendos; confira o cronograma de pagamento de cada uma das companhias

18 de abril de 2024 - 18:32

O maior valor será distribuído pela Vibra, que pagará R$ 676 milhões em duas parcelas; já a CCR depositará R$ 536 milhões na conta dos acionistas

O 'X' DA QUESTÃO

Dividendos da Petrobras (PETR4): governo pode surpreender e levar proposta de pagamento direto à assembleia, admite presidente da estatal

18 de abril de 2024 - 18:03

Jean Paul Prates admitiu a possibilidade de que o governo leve uma proposta de pagamento diretamente à assembleia de acionistas

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar