Quem manda é o lucro
Vermelho ou verde? Para facilitar a vida de míope mal curado, deixo sempre as duas cores bem berrantes na tela de cotações que fica a meu lado para saber rapidamente quando a bolsa e as principais ações do Ibovespa estão em alta ou em queda.
Hoje foi o típico dia em que um único ponto verde, que representa o dólar, ficou praticamente isolado em meio ao mar vermelho na minha tela. Das 66 ações que compõem o principal índice da bolsa, só 13 fecharam em alta.
O que um investidor profissional faz em dias assim? Foi a pergunta que fiz a Ney Miyamoto, um dos sócios da gestora Alaska, que veio me encontrar para um almoço aqui perto da redação do Seu Dinheiro.
O pretexto para o encontro foi uma conversa sobre o meu livro “Os Jogadores”, que embora seja uma história de ficção traz vários causos do mercado financeiro que o experiente gestor conhece bem.
Miyamoto me respondeu que, nos pregões em que a tela de cotações da Alaska fica predominantemente vermelha, os gestores convocam um comitê para discutir o tema. Essas reuniões duram menos de dois minutos e a conclusão costuma ser a mesma: não fazer nada.
Para a Alaska, a bolsa brasileira está no início de um ciclo de alta que ainda pode se estender por vários anos e será puxado pelo aumento nos lucros das empresas listadas.
O risco desse cenário não se concretizar é justamente qualquer mudança que ameace os resultados das companhias. Em resumo: quem manda é o lucro.
De todo modo, o tempo nos mercados tem inspirado cautela. Na véspera de um importantíssimo discurso marcado para amanhã, os investidores preferiram ficar na defensiva e por pouco o Ibovespa não voltou a cair abaixo dos 100 mil pontos. Saiba na cobertura do Victor Aguiar tudo o que mexeu com os mercados.
Terceira Lei de Newton
Para toda ação há uma reação. O que vale para a física vale para a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Hoje foi a vez de os chineses alertarem que não vão ficar de braços cruzados enquanto Donald Trump segue impondo tarifas aos seus produtos. No bom português (ou mandarim, no caso), a equipe de Xi Jinping voltou a subir o tom e a incendiar o mercado internacional.
Padrinho da fusão
Enquanto não consegue a aprovação do Congresso Nacional para ser embaixador nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro exerceu suas atribuições “diplomáticas” para que a Anatel se posicione sobre uma negociação empresarial que interessa ao governo americano: a fusão entre AT&T e Warner. E parece que a estratégia de ataque funcionou, já que a agência reguladora convocou uma reunião extraordinária para falar sobre o assunto. Só que o aval não deve vir tão fácil assim, como você confere nesta matéria.
Deu a louca no gerente
Depois de um anúncio de certa forma decepcionante para quem esperava uma agenda mais agressiva de privatizações, o governo voltou à carga hoje. A equipe econômica anunciou que pretende conceder todos os aeroportos que hoje são operados pela Infraero para a iniciativa privada até 2022. Mas depois que vender tudo, qual será o destino da estatal que administra os terminais? A resposta você fica sabendo neste link.
Jatinhos no radar
Assim como o setor aéreo convencional, a aviação executiva passou por maus bocados durante os piores anos da crise econômica brasileira. O país ainda não se reergueu completamente do tombo, mas os jatinhos já podem ser vistos com mais frequência no céu e os executivos desse setor já trazem boas notícias: os negócios firmados no primeiro semestre de 2019 já superam o acumulado do ano passado. E isso é uma boa notícia também para quem investe na bolsa, já que tem empresa se beneficiando dessa onda positiva.
Invista 10 e receba 700
A oferta é mais do que tentadora, mas para o nosso colunista Fausto Botelho é mais do que possível. No mais novo vídeo do ‘De olho no gráfico’, ele traz para você os motivos pelos quais acredita que o bitcoin, hoje cotado em US$ 10 mil, pode chegar aos US$ 700 mil. Tudo isso no próximo ciclo de alta da criptomoeda. Aperte o play e confira os detalhes.
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