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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Presidente do Fed fala em atuar de maneira apropriada para sustentar a economia. Bolsas ensaiaram melhora, mas voltaram a cair

Em esperado discurso, Jerome Powell, também afirma que não existe um guia para lidar com guerras comerciais. Trump não gosta e pergunta se maior inimigo é Powell ou o presidente da China

Eduardo Campos
Eduardo Campos
23 de agosto de 2019
12:09 - atualizado às 14:45
Jerome Powell Fed
Presidente do Fed, Jerome Powell. - Imagem: Federal Reserve

O presidente do Federal Reserve (Fed), banco central americano, Jerome Powell, usou palavras novas para reforçar uma mensagem já conhecida: Não há um caminho predeterminado. Os próximos passos com relação à taxa de juros seguem dependendo dos dados sobre atividade e inflação.

Em um primeiro momento, o mercado enxergou um tom mais “dovish”, ou inclinado à redução de juros, e o ritmo queda dos índices em Wall Street se reduziu com a divulgação do discurso. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq, que caíram cerca de 0,5%, refletindo a retaliação chinesa às tarifas americanas, chegaram a operar próximos da estabilidade ou com leve alta, mas agora voltam a cair com força. Por aqui, o Ibovespa chegou a reduzir as perdas, mas também voltou a mergulhar, caindo 1,48%, aos 98.528 pontos. Motivo: o ataque violento de Donald Trump a Powell e à China (veja abaixo).

O trecho do discurso que o mercado correu para ler e que é destaque nos sites de finanças ao redor do mundo diz que “estamos observando cuidadosamente” os desenvolvimentos de um cenário que se tornou mais incerto nas últimas semanas e que “vamos atuar de forma apropriada” para sustentar a expansão da economia, com um mercado de trabalho forte e inflação ao redor da meta de 2%.

Powell falou que desde a reunião de 31 de julho, apareceram novas evidências de desaceleração global, notadamente na Alemanha e na China, e que os eventos geopolíticos têm dominado o noticiário, como o Brexit, as tensões em Hong Kong e a dissolução do governo na Itália.

“Os mercados financeiros reagiram fortemente a esse quadro complexo e turbulento. Os mercados acionários têm sido voláteis. As taxas dos títulos de longo prazo em todo o mundo caíram acentuadamente para níveis próximos do pós-crise”, disse.

No entanto, ponderou Powell, a economia americana continua apresentando boa performance, puxada pelos gastos do consumidor. A criação de empregos está menor, mas ainda acontece em velocidade superior ao crescimento da força de trabalho. E a inflação parece estar se deslocando para próximo dos 2%.

Guerra Comercial

Segundo Powell, encaixar o contexto de guerra comercial dentro do trabalho do Fed tem sido um grande desafio. A definição de uma política comercial, lembrou o presidente, é trabalho do Congresso e do Executivo, não do Fed, que tem seu próprio mandato de inflação baixa e pleno emprego.

Em tese, disse Powell, qualquer coisa que afete a inflação e o emprego também afeta a estância apropriada de política monetária, “e isso pode incluir incertezas sobrea política comercial”.

No entanto, ponderou, não há precedentes para guiar nenhuma resposta da política monetária à situação atual. Powell enfatiza isso ao dizer que não há um guia (rulebook) para lidar com o problema comercial.

“O que podemos fazer é tentar olhar além do que pode ser um evento passageiro, focar em como as questões comercial estão afetando as perspectivas e ajustar a política monetária para promover os nossos objetivos”, disse.

Trump não gostou...

A reação do presidente Donald Trump foi quase imediata. Em seu "Twitter", Trump voltou a atacar o presidente do Fed e disse que sua única dúvida é: "quem é nosso maior inimigo, Jay Powell ou o presidente Xi?"

Não satisfeito, Trump foi para cima da China com grande agressividade, dizendo que os chineses roubam propriedade intelectual e que "Nós não precisamos da China, francamente estaríamos melhor sem eles", que o "roubo" de bilhões de dólares tem de parar. Trump também falou que iria responder às tarifas impostas hoje pela china na tarde de hoje. Aguardemos.

 

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