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Perder dinheiro não é da nossa natureza

4 de setembro de 2019
10:02 - atualizado às 8:10
Selo O Melhor do Seu Dinheiro; investimentos
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

A frase acima não é minha, mas parece uma obviedade para qualquer mortal: afinal, ninguém gosta de perder dinheiro, certo? Pois de uns tempos para cá passei a questionar essa premissa. Há uma onda crescente de startups e fintechs, como o Nubank e a Rappi, que dizem que dão prejuízo de propósito. São malucos? Não exatamente... A estratégia é usar o dinheiro do caixa - e dos investidores - para reinvestir na empresa e crescer mais rápido.

Ninguém sabe até onde vai o fôlego dessas empresas ou a paciência dos seus acionistas. Mas o fato é que elas estão ganhando clientes e perturbando as gigantes do mercado. Afinal, como competir com uma empresa que oferece serviços mais baratos e que não está preocupada com o lucro?

Essa é a pergunta que a alta cúpula do Itaú precisou responder ontem na sua reunião anual com analistas e investidores. E foi aí que o presidente do banco, Candido Bracher, mandou a frase que me inspirou no título desta newsletter: “Se nós nos permitíssemos perder dinheiro, nosso regulador ficaria preocupado. Não é da nossa natureza.”

Com o reforço dos copresidentes do Itaú, Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, a diretoria tentou convencer o mercado de que o bancão vai sobreviver ao movimento de transformação digital. Eles admitiram, no entanto, que a instituição não vai passar incólume à competição. Será o fim dos lucros bilionários? O Vinícius Pinheiro esteve ontem neste evento e conta tudo que a alta cúpula do Itaú falou nesta reportagem.

Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, copresidentes do conselho de administração do Itaú Unibanco
Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, copresidentes do conselho de administração do Itaú Unibanco - Imagem: Divulgação Itaú

Alívio que vem da China

Brexit, indicadores econômicos fracos por conta da guerra comercial e incertezas em torno de um acordo entre Estados Unidos e China andam deixando o mercado financeiro com o cabelo em pé. Mas se o dia de ontem refletiu o acúmulo dessas incertezas, hoje o dia deve ser de recuperação dos ativos.

As bolsas asiáticas sustentaram fortes ganhos após Hong Kong retirar o projeto de extradição e atender às reivindicações dos protestos que já duram quase três meses. Além disso, bons números do setor de serviços chinês também contribuem para melhorar o clima nos mercados.

No Brasil, os dados fracos da indústria mostram um setor em recuperação lenta. Com os números e um cenário confortável da inflação, é quase certo um novo corte da Selic neste mês. O Banco Central deve manter o ritmo e reduzir o juro básico em 0,50 ponto percentual, o que deve ajudar a manter o dólar sob pressão.

Ontem, o Ibovespa fechou o dia com queda de 0,94%, aos 99.680,83 pontos. O dólar encerrou a sessão em leve baixa de 0,09%, a R$ 4,1790. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.

Cara nova no comando

Vivendo um momento conturbado em meio a sua recuperação judicial, uma boa notícia para a Oi. A Justiça finalmente deu o aval para que a empresa inicie o seu plano de transição para a troca de comando, pedido feito meses atrás pelo conselho de administração da operadora. Rodrigo Abreu, ex-presidente da TIM, deve assumir o cargo de diretor de operações e, até o fim do ano, substituir Eurico Teles no comando da companhia.

Essa transição é considerada essencial para que a Oi vire a página e consiga se recuperar de fato. Abreu é um executivo com experiência no comando de teles “saudáveis”. Já Teles vem da área jurídica e sua ascensão na Oi ocorreu no momento em que a empresa tinha de lidar com brigas judiciais entre acionistas e credores e precisava aprovar o plano de recuperação judicial. Saiba mais.

Menos para os partidos

Depois de protagonizar uma das maiores polêmicas no projeto de orçamento para 2020, a cota do fundo eleitoral - aquele dinheiro específico para financiamento de campanhas - deve ser revista pelo Ministério da Economia. O valor anunciado anteriormente, de R$ 2,5 bilhões, cairá para “apenas” R$ 1,8 bilhão. Confira os detalhes sobre esse novo cálculo e as justificativas para o corte.

Tem fatia para todo mundo

Em Brasília, mais uma novela está perto do fim. O Senado aprovou uma PEC para dividir entre União, Estados e municípios os recursos dos leilões do pré-sal, que virão do acordo da cessão onerosa. O valor a ser repartido é da ordem de R$ 70 bilhões. O governo ainda quer pagar uma dívida com a Petrobras com o que for arrecadado. Saiba como ficou a divisão e qual Estado deve se dar bem de imediato.

Um grande abraço e ótima quarta-feira!

Agenda

Índices
- Banco Central divulga dados semanais sobre o fluxo cambial
- IHS Markit divulga PMI de agosto de Alemanha, Reino Unido e zona do euro
- Zona do euro divulga resultados do comércio em julho
- Estados Unidos publicam resultado de sua balança comercial em julho e dados semanais sobre o mercado de petróleo

Bancos Centrais
- Fed divulga nova edição do Livro Bege
- ECON realiza votação sobre a candidatura de Christine Lagarde à presidência do BCE

Política
- CCJ do Senado inicia votação do parecer da reforma da Previdência

 

 

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