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Estadão Conteúdo
Em preparação final

Países europeus aprovam barreiras contra aço brasileiro

Pela proposta da Comissão Europeia, um total de 26 produtos siderúrgicos seriam taxados; China sofrerá restrições em 16 produtos diferentes, contra 17 da Turquia e 15 da Índia

Estadão Conteúdo
16 de janeiro de 2019
12:50 - atualizado às 14:09
União Europeia, zona do euro; petróleo russo
Imagem: Shutterstock

Os países da União Europeia (UE) aprovaram nesta quarta-feira a imposição de novas barreiras contra o aço brasileiro e de outros exportadores. A proposta ainda precisa passar por um período de preparação final por parte da Comissão Europeia. Mas, diante do sinal verde por parte dos governos do bloco, Bruxelas já trabalha com sua entrada em vigor no início de fevereiro.

Pela proposta da Comissão Europeia, um total de 26 produtos siderúrgicos seriam taxados. A China sofrerá restrições em 16 produtos diferentes, contra 17 da Turquia e 15 da Índia. No caso do Brasil, sete produtos dos 26 possíveis serão alvos de uma barreira, entre eles chapas, lâminas e certos tubos.

Em Genebra, diversos governos já falam em uma ação conjunta na Organização Mundial do Comércio, desta vez contra Bruxelas.

A medida, segundo os europeus, é uma resposta ao fluxo de produtos siderúrgicos que, segundo os europeus, passou a inundar o mercado local. A investigação foi aberta depois que o governo de Donald Trump decidiu erguer barreiras ao aço mundial, criando distorções e redirecionando para a Europa a produção que teria o mercado americano como destino.

Por meio de um comunicado, um porta-voz da Comissão Europeia confirmou que Bruxelas "recebeu o apoio dos estados-membros hoje (quarta-feira) para seu plano de impor medidas definitivas sobre a importação do aço".

"Essas medidas têm como objetivo blindar os produtores de aço da Europa, depois do redirecionamento de comércio ao mercado europeu como resultado das ações unilaterais impostas pelos EUA para restringir as importações de aço para o mercado americano", indicou. "As medidas definitivas têm como meta preservar os fluxos de comércio tradicionais", justificou a UE.

Bruxelas também insistiu que o plano foi desenhado para que apenas os produtos mais afetados fossem alvo de barreiras. "Tentamos conseguir um equilíbrio entre os interesses dos produtores europeus de aço e seus usuários", indicou. A UE também insistiu que não visou qualquer país em específico.

De acordo com Bruxelas, "a Comissão agora irá finalizar o procedimento, para que medidas definitivas possam entrar em vigor no começo de fevereiro de 2019".

Para o Brasil, a cota oferecida para laminados, por exemplo, começará com 168 mil toneladas e, em três anos, passaria para 176 mil toneladas. Ucrânia e Coreia terão uma cota maior, com base em sua participação no mercado.

No setor de folhas metálicas, a cota ao Brasil é de cerca de 50 mil toneladas, enquanto a China ganhará uma cota de mais de 400 mil toneladas. Perfil de aço ainda terá um teto de 22 mil toneladas para estar no mercado europeu.

Tudo o que passar desses volumes receberá uma taxa extra de 25%, o que praticamente inviabilizaria a exportação nacional.

A previsão da UE é de que a medida entre em vigor no início de fevereiro. Mas, até lá, Bruxelas é obrigada a negociar com os países afetados. No último dia 4 de janeiro, a Comissão Europeia notificou a OMC de que investigações iniciadas ainda em março de 2018 revelaram que produtos importados no setor do aço estavam afetando de forma negativa o mercado do bloco e a concorrência.

Entre 2013 e 2018, os europeus alegam que os produtos importados passaram de uma fatia de 12% do mercado local para 18%. Em volume, a importação praticamente dobrou.

Diplomatas brasileiros confirmaram que estão em negociações com a Comissão para tentar excluir um ou dois produtos.

Resistência

Nem todos na UE, porém, estão satisfeitos com a medida. Numa carta enviada ainda no início do processo de investigação, no ano passado, indústrias europeias que usam aço alertaram que a imposição de novas barreiras "não era de interesse da Europa".

Entre os signatários da carta estavam empresas como BMW, Daimler, Fiat Chrysler Automobiles, Ford of Europe, Honda Motor Europe, Hyundai Motor Europe, Iveco, Jaguar Land Rover, PSA Group, Renault Group, Toyota Motor Europe, Volkswagen Group e Volvo.

Para eles, não houve um aumento exagerado de importação e, além disso, o setor siderúrgico europeu está "em boa saúde financeira". A recuperação da economia europeia, na visão dessas empresas, precisaria ser considerada, já que ela significará que um volume maior de aço será necessário para construção e em fábricas.

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