Ações da Oi desabam mais de 10% em meio a temores de intervenção
Em recuperação judicial desde 2016, a Oi reportou um crescimento de 25,5% da dívida líquida do trimestre; cifra chegou a R$ 12,5 bilhões.
As ações da Oi desabam nesta-feira, 16, após a revelação de que a situação da empresa voltou a preocupar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) - órgão responsável por regular o setor.
Por volta das 11h30, os papéis ON e PN da companhia de telefonia caíam em torno de 12%, a R$ 1,04 e R$ 1,27. Veja nossa cobertura de mercados.
Segundo o Estadão, autoridades do governo Jair Bolsonaro foram avisadas esta semana de que a agência pode ser obrigada a intervir na empresa. Isto aconteceria caso o comando da companhia não consiga reverter os maus resultados.
Em recuperação judicial desde 2016, a Oi reportou um crescimento de 25,5% da dívida líquida no segundo trimestre de 2019. A cifra chegou a R$ 12,5 bilhões no período.
Nesta sexta-feira, o presidente da República defendeu um compromisso com contratos no País. "Nós vamos honrar contratos. Temos que honrar contratos senão o governo perde a credibilidade", declarou Bolsonaro ao ser perguntado se o governo iria intervir para cancelar a concessão da Oi.
Uma das alternativas do governo seria tirar da companhia a concessão que a permite oferecer telefonia fixa em todos os Estados do País, com exceção de São Paulo - processo chamado de "declaração de caducidade".
*Com Estadão Conteúdo
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