O cartão de 10 bilhões de dólares
Quando estive pela primeira vez na sede do Nubank , os funcionários da empresa dona do cobiçado cartão roxo disputavam uma animada competição de ping-pong. A partida fazia parte da gincana interna batizada de “Jogos Nus”. Era uma referência ao nome da empresa e à Olimpíada do Rio, que acontecia na mesma época.
O ambiente descontraído era bem diferente do que eu estava acostumado a ver nos grandes bancos. Poucas semanas depois, ao questionar o alto executivo de uma instituição financeira, ele me disse que o novo concorrente não incomodava e que tinha um produto “facilmente copiável”.
Não pude cobrá-lo depois, mas acredito que ele tenha se arrependido da afirmação. O fato é que o Nubank avançou em um ritmo que nem mesmo os mais otimistas esperavam.
A empresa informa ter hoje mais de 12 milhões de usuários. Ou seja, em número de clientes está atrás apenas dos cinco grandes bancos de varejo – Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Caixa, Bradesco e Santander.
De todo modo, reconheço que fiquei surpreso quando começaram a circular notícias de que a empresa de tecnologia financeira (fintech) poderia ser avaliada em US$ 10 bilhões.
Afinal, por mais que tenha crescido e aparecido, o Nubank até hoje não deu um centavo sequer de lucro. A grande dúvida do mercado é saber se a empresa será capaz de transformar um bom produto em um negócio rentável.
Os investidores que colocaram mais dinheiro no Nubank aparentemente acreditam que sim. A empresa confirmou na tarde de hoje que vai receber US$ 400 milhões em uma rodada liderada pelo fundo americano TCV. Saiba mais sobre o negócio nesta matéria que eu escrevi.
À espera dos juros
O dia 31 de julho, próxima quarta-feira, está na agenda de todos os investidores no mercado financeiro. Afinal, é a data em que o Banco Central do Brasil e dos EUA anunciam a decisão sobre os juros. A ampla expectativa é de corte das taxas, tanto aqui como lá. Mas enquanto a notícia não se confirma, parece que ninguém quer ficar de fora da bolsa nem aumentar a exposição. Com isso, o Ibovespa teve mais um dia próximo do zero a zero. O resultado até que poderia ser diferente se não fosse a Petrobras, que fechou o dia em queda de quase 3%. Saiba por que na nossa cobertura de mercados.
Um dilema “Tostiniano”
Pegando o exemplo da clássica propaganda de bolacha (ou biscoito?), a nossa colunista Angela Bittencourt nos propôs a seguinte indagação: o Copom cortará a taxa de juro porque a economia não cresce ou a economia não cresce porque o juro não cai? Seja qual for a resposta, a verdade é que o uso da queda das taxas como instrumento para impulsionar a economia começa a dar sinais de esgotamento, como ela esclarece nesta análise.
“Não fez mais do que a sua obrigação”
Assim como o meu pai costumava dizer depois de eu ter ido bem na prova de matemática com o clássico “não fez mais do que a sua obrigação”, o mercado não passou recibo para o balanço da siderúrgica Usiminas. A empresa fez a parte dela ao sair do prejuízo e voltar ao azul no segundo trimestre, mas não chegou a animar os investidores. O Victor Aguiar traz a reação dos analistas aos resultados nesta matéria.
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Mudanças no cardápio
“Massa artesanal e com borda de 28 gominhos recheados de queijo”, esse era o anúncio que a Pizza Hut veiculou durante muitos anos para falar sobre a sua pizza mais famosa, a “Cheesy Pop”. Aqui no Brasil, essa massa pode ganhar um novo sabor. Isso porque o empresário Carlos Wizard, que possui os direitos da rede de pizzarias e do KFC Brasil no país, assinou um acordo de fusão com a IMC, dona das redes Frango Assado e Viena. Saiba mais sobre a notícia, que fez os papéis da IMC negociados na bolsa dispararem mais de 8% hoje.
Uma referência para você investir
Os fundos imobiliários são uma boa opção para quem está em busca de renda (isenta de imposto). Mas como as cotas são negociadas em bolsa, trata-se também de um investimento em renda variável. Então como acompanhar o desempenho dos fundos? Uma boa referência é o índice IFIX criado pela B3. Quer conhecer mais sobre o “Ibovespa” dos fundos imobiliários? A Julia Wiltgen conta tudo o que você precisa saber sobre ele neste vídeo.
Antes de “sextar”, aperte o play
Hoje é sexta-feira e, como já virou tradição aqui no Seu Dinheiro, é dia do podcast Touros e Ursos. No programa de hoje, o Victor Aguiar, o Eduardo Campos e eu comentamos as notícias que bombaram na semana. E não podia faltar a liberação dos R$ 500 do FGTS pelo governo nem os balanços dos bancões, além dos nossos prognósticos para a decisão do Copom sobre a Selic na próxima quarta-feira. Então, prepara o fone de ouvido e aperta o play.
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