Maia diz que novo pacote econômico do governo tem propostas difíceis e que algumas não devem prosperar
Entre os pontos problemáticos destacados pelo presidente da Câmara está o que trata da inclusão de inativos nos gastos com saúde e educação
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o pacote de reformas apresentado pelo governo nesta terça-feira é "ambicioso e importante", mas destacou que alguns pontos não devem avançar no Congresso, principalmente o que trata da inclusão de inativos nos gastos com saúde e educação.
"Hoje o presidente (Jair) Bolsonaro apresentou uma pauta ambiciosa e importante, com alguns temas difíceis que certamente não vão prosperar. Mas em toda pauta ambiciosa tem coisas que avançam e outras que não avançam", disse.
Ele destacou que é importante reestruturar o Estado brasileiro, organizar a máquina pública, priorizar a eficiência e a produtividade nos gastos públicos, e a avaliação constante da qualidade deles.
Questionado se estaria frustrado ou preocupado com o fato do governo não ter encaminhado ainda as propostas de reforma administrativa e tributária nesta primeira parte do pacote, Maia afirmou apenas que isso preocupa o Brasil.
Ele participou brevemente do almoço do Comitê de Líderes da MEI, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também participou da reunião e, em discurso, defendeu os trabalhos do Parlamento neste ano. Para ele, o Congresso foi capaz de "separar o que era convergente do que era divergente".
"O Parlamento brasileiro tem colaborado muito com o fortalecimento do setor produtivo no Brasil. Saímos de um processo eleitoral em que Brasil saiu muito dividido. Infelizmente algumas lideranças insistem em continuar dividindo o País. Mas o que estamos fazendo não é a nova ou velha política, é a boa política. O Congresso tem dado exemplo", disse.
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