Levi’s retorna à Bolsa de Nova York após 34 anos
Em sua oferta inicial de ações, a empresa centenária arrecadou US$ 623 milhões de dólares e atingiu valores acima do esperado inicialmente
A quarta-feira foi de reestreia na Bolsa de Nova York. A centenária Levi Strauss & Co, dona dos jeans mais famosos do mundo, voltou a aparecer entre os papéis listados na Bolsa. Em sua oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês), a companhia arrecadou US$ 623 milhões. As ações começam a ser negociadas nesta quinta-feira (21) sob o código LEVI.
Os papéis alcançaram valores maiores do que previsto inicialmente pela empresa. Foram quase 36,7 milhões de ações vendidas à US$ 17. A expectativa era de uma variação entre US$ 14 e US$ 16 dólares, mas a alta demanda foi a responsável pelo aumento do valor inicial.
Agora, a Levi's está de olhos nos grandes mercados. O objetivo é utilizar os novos recursos para expandir sua atuação no Brasil, China e Índia.
Em sua primeira aventura na Bolsa, em 1971, a empresa fez um dos maiores IPO de todos os tempos. A queda nos lucros e nos preços dos papéis levaram a família Levi Strauss a comprar as ações e fechar o capital, em 1985.
Desde 2011, o CEO da empresa, Chip Bergh, lidera o processo de recuperação e mudança da imagem da companhia, famosa por suas ações com celebridades. A estratégia de expansão dos negócios também incluiu a abertura de lojas próprias. Bergh também foi o responsável por um aumento de 14% nas vendas, que atingiram o valor de US$ 5,6 bilhões no fim de 2018.
A reabertura de capital acontece em meio a uma alteração do cenário de negócios para a empresa. Hoje, os jeans não são mais as peças favoritas da mulher moderna e o número de lojas de departamento (tradicional pontos de venda da marca) cai drasticamente.
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