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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Câmbio

Leilão surpresa de dólar à vista do BC ficou na casa dos US$ 560 milhões

Estimativa para operação feita no dia 27 de agosto parte de dados do BC sobre as reservas internacionais

Eduardo Campos
Eduardo Campos
4 de setembro de 2019
17:32
Imagem: Shutterstock

No dia 27 de agosto, uma terça-feira, o Banco Central (BC) fez um leilão de venda de dólar à vista sem aviso prévio no mercado de câmbio, depois que o dólar ameaçou bater os R$ 4,20 em meio a uma aguda piora nos mercados. O BC não divulga os montantes dessas operações de imediato, mas é possível estimar que ela tenha ficado na casa dos US$ 560 milhões.

A conta levou uma semana para ser feita, pois ela só possível com a divulgação dos dados sobre o mercado cambial, que são atualizados toda a quarta-feira com os números referentes à semana anterior (prazo de liquidação do câmbio à vista é D+2).

Para chegar nesses US$ 560 milhões, olhamos nos dados do BC na tabela “Reservas Internacionais", e vemos que no dia 29 tivemos intervenções à vista de US$ 1,110 bilhão. No entanto, sabemos de antemão que naquele dia o BC tinha liquidado uma rolagem US$ 550 milhões no mercado à vista. Note que estamos olhando a posição do dia 29 e não do dia 27, dia do leilão surpresa, por causa da liquidação em D+2 das operações à vista.

O link para essa tabela está aqui. Procure pelo Capítulo V tabela 27.

Na unha

Há outra forma de estimar o montante à vista de atuação, considerando o fluxo cambial, a posição dos bancos e a atuação do BC no mercado. É uma conta mais imprecisa, mas serve para dar a ordem de grandeza da operação quando não tivermos todos os dados atualizados.

Partimos do princípio que o mercado à vista é um “sistema fechado”, o que sai de um lado entra do outro e os agentes aqui são os bancos e o BC. Vamos aos números.

Na passagem de julho para agosto, a posição vendida dos bancos no mercado à vista subiu de US$ 27,739 bilhões para US$ 28,691 bilhões.

Olhando o fluxo cambial, fechamos agosto com uma saída líquida de US$ 4,317 bilhões. Em tese, a posição dos bancos teria de ter subido nesse mesmo montante, pois eles são os provedores de liquidez do mercado.

Mas desde o dia 21 de agosto, o BC vinha atuado no mercado à vista, trocando swaps por dólares, em operações que totalizaram US$ 2,9 bilhões. Então, considerando a variação da posição vendida dos bancos, atuações do BC e o fluxo, teríamos um “buraco” de cerca de US$ 400 milhões, que pode ser visto como a atuação surpresa do BC. A diferença dessa estimativa com os dados da tabela pode ser atribuída aos distintos sistemas de registros para operações cambiais e com reservas.

Quer entender a diferença entre leilão à vista, swap, swap reverso e linha? Veja esse texto aqui.

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