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Estadão Conteúdo
Retomada de concessões

Investimento em infraestrutura deve ficar estagnado

Aportes em logística e transportes, energia, telecomunicações e saneamento deverão ficar em 1,80% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 1,87% em 2018, conforme levantamento da Inter.B Consultoria

Estadão Conteúdo
15 de março de 2019
12:27 - atualizado às 15:03
Obra de insfraestrutura; debêntures de infraestrutura
Imagem: Shutterstock

Mesmo com a retomada das concessões - os leilões da Linha 15-Prata de monotrilho, na última segunda-feira, e de 12 aeroportos federais, marcado para hoje, puxam a fila -, os investimentos em infraestrutura deverão ficar estagnados este ano. Os aportes em logística e transportes, energia, telecomunicações e saneamento deverão ficar em 1,80% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 1,87% em 2018, conforme levantamento da Inter.B Consultoria.

Os investimentos em infraestrutura somarão R$ 129,9 bilhões este ano - em 2018, foram R$ 127,5 bilhões, conforme o mapeamento da Inter.B. Ainda que o nível dos aportes tenha saído do fundo do poço de 2017 (1,69% do PIB), os valores estão abaixo do necessário. Nas contas da consultoria, para modernizar a infraestrutura nacional, seria necessário investir 4,24% do PIB ao ano, cerca de R$ 305 bilhões em 2019, 2,3 vezes mais do que o esperado.

Na visão de Cláudio Frischtak, sócio da Inter.B, o quadro de estagnação em relação a 2018 tem dois motivos principais: por um lado, o grau de incerteza na economia ainda está elevado; por outro, pela própria natureza do setor de infraestrutura, a retomada dos investimentos levaria de "seis meses a um ano", mesmo após o governo federal anunciar medidas para o setor. Assim, os investimentos em infraestrutura de 2019 "já estão contratados".

"Existe um esforço do Ministério de Infraestrutura e de outros ministérios ligados à área para avançar, mas mesmo que haja um avanço, para traduzir isso em investimentos, normalmente, leva de seis meses a um ano. Na melhor das hipóteses, vamos ter reação em 2020", afirmou o consultor.

O grande desafio das medidas do governo, segundo Frischtak, será atrair mais capital privado, para além dos níveis atuais. Em 2017 e 2018, o setor privado respondeu por cerca de 63% do total investido, conforme a Inter.B. A tendência para este ano é de manutenção desse nível, mesmo com a realização dos leilões de concessão.

Leilões

O leilão de concessão da Linha 15-Prata, realizado pelo governo paulista na B3, teve apenas uma proposta, que saiu vencedora, do Consórcio Viamobilidade 15, controlado pela CCR. O leilão dos aeroportos federais, que também será na B3, está cercado de expectativas mais positivas. Como mostrou o Estado, pelo menos dez grupos investidores entregaram propostas na terça-feira. A própria CCR já reforçou seu interesse nos terminais aéreos.

Segundo Frischtak, é preciso ir além da atual participação privada nos investimentos em infraestrutura: "O Brasil precisa atrair mais investimento privado. No limite, precisa chegar a 80% ou 90%. É muito difícil, mas o Estado brasileiro, nos próximos anos, até fazer uma consolidação fiscal, vai ter muito pouco espaço para aumentar seus investimentos."

Para Alberto Zoffmann, sócio e head de Infraestrutura da XP Investimentos, o setor privado tem condições de participar mais do financiamento aos aportes no setor. Apenas as emissões de debêntures de infraestrutura (títulos de dívida específicos para projetos de infraestrutura, que pagam menos Imposto de Renda após aval do governo) poderiam ficar entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões ao ano, nas estimativas do executivo, quase o dobro dos R$ 23,6 bilhões do ano passado, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

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