🔴 [EVENTO GRATUITO] COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE AQUI

Estadão Conteúdo
uma aliança incomum

Governo é do PSL, mas o líder é comunista

Governador de Roraima, Antonio Denarium, fez algo impensável para bolsonaristas e escolheu um “comunista” para ser seu líder de governo na Assembleia: o deputado Soldado Sampaio, do PCdoB

solado sampaio
Deputado Soldado Sampaio (PCdoB). - Imagem: SupCom ALE-RR

O governador de Roraima, Antonio Denarium, fez algo impensável para bolsonaristas e escolheu um "comunista" para ser seu líder de governo na Assembleia: o deputado Soldado Sampaio, do PCdoB. Em Santa Catarina, o governador Comandante Moisés também surpreendeu os eleitores ao abrir a porta do Palácio Cruz e Sousa, sede do governo estadual, para deputados do PT e integrantes do Movimento Sem Terra (MST) - e foi presenteado com produtos da agricultura familiar.

Em jantar com a bancada estadual, no início da gestão, Moisés disse que "da porta da sala para dentro, o professor é autoridade", segundo deputados presentes. A posição demonstra resistência ao projeto Escola Sem Partido, que tem na deputada olavista Ana Carolina Campagnolo (PSL) a maior representante em Santa Catarina. Ela foi uma das primeiras a bater de frente com o governador, quando teve sua indicação à pasta da Educação preterida.

Apesar de eleitos pelo PSL de Jair Bolsonaro, Denarium e Moisés têm procurado se distanciar do modelo de governo do pelo presidente da República. A dificuldade na relação entre Executivo e Legislativo também se reproduz nos dois Estados, mas, enquanto Bolsonaro promove uma cruzada contra a esquerda e insiste na retórica ideológica, eles procuram ser pragmáticos: dialogam com a oposição e evitam a pauta de costumes.

O PSL elegeu um terceiro governador - Coronel Marcos Rocha, em Rondônia. A exemplo dos colegas de partido, ele não patrocinou até agora debate sobre temas como Escola Sem Partido ou fez menção a interferir no currículo escolar. O mais próximo que fez de Bolsonaro foi trabalhar pela militarização de escolas públicas, projeto que já era debatido no Estado.

"Não existe atrelamento à agenda bolsonarista ideológica. Era mais uma perspectiva dessas propostas liberais, principalmente do agronegócio", disse o cientista político Eloi Senhoras, da Universidade Federal de Roraima. Segundo o pesquisador Josenir Dettoni, da Universidade Federal de Rondônia, Rocha assumiu com discurso de corte de gastos e mantém comportamento em linha com seu passado na gestão pública: foi professor, diretor de escola, secretário municipal de Educação e secretário estadual da Justiça, em governos do PSB e do MDB. "Ele é mais moderado que Bolsonaro. No que mais se assemelha é o militarismo."

Base

O esforço para construir pontes com partidos de oposição tem uma razão: a falta de uma maioria no Legislativo que garanta a aprovação de projetos dos governadores. Moisés, por exemplo, conta uma base de seis apenas seis deputados entre 40 parlamentares.

As dificuldades, nesse caso, são atribuídas ao discurso da "nova política" e à resistência a distribuir cargos. Recentemente, na votação de vetos do governo, sofreu um revés e ficou com apoio de apenas dois parlamentares. Na tentativa de recompor a base, trocou a liderança do governo, do Coronel Mocellin (PSL) para o delegado Maurício Eskudlark (PR).

"Hoje, nós não temos votos para aprovar a reforma, mas já temos acenos dos partidos. Até a votação, teremos maioria", disse Eskudlark, que negocia apoio do MDB, crucial para aprovação da reforma administrativa.

Em Rondônia o roteiro se repete. O governador teve um pedido de impeachment protocolado na Assembleia Legislativa em 1.º de abril.

Diferentes nos estilos e estratégias, os governadores guardam, contudo, semelhanças com o presidente. A mais visível é a escolha de militares para cargos nos governos de Moisés e Rocha. No primeiro caso, das 12 secretarias, quatro são ocupadas por militares - Saúde, Segurança, Infraestrutura e Administração. Em Rondônia o número é maior: sete dos 19 secretários e chefes de autarquias são militares.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

CETICISMO

Nem o FMI acredita mais que Lula vai entregar meta fiscal e diz que dívida brasileira pode chegar a nível de países em guerra

17 de abril de 2024 - 11:38

Pelos cálculos da instituição, o País atingiria déficit zero apenas em 2026, último ano da gestão de Lula

INTERNACIONAL

Haddad nos Estados Unidos: ministro da Fazenda tem agenda com FMI e instituição chefiada por brasileiro Ilan Goldfajn; veja

14 de abril de 2024 - 16:44

De segunda (15) a sexta-feira (19), o ministro participa, em Washington, da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial

NOVO CAPÍTULO

Entrou na briga: após críticas de Elon Musk a Alexandre de Moraes, governo Lula corta verba de publicidade do X, antigo Twitter

13 de abril de 2024 - 16:43

Contudo, a decisão só vale para novos contratos, porque há impedimento de suspensão com os que já estão em andamento

APÓS APAGÕES

Na velocidade da luz: Enel terá um minuto para responder os consumidores, decide Justiça de São Paulo

13 de abril de 2024 - 15:20

Desde novembro do ano passado, quando milhões de consumidores ficaram sem energia após um temporal com fortes rajadas de vento

MINISTRO E BILIONÁRIO

Em meio a embate de Elon Musk com Alexandre de Moraes, representante do X (ex-Twitter) no Brasil renuncia ao cargo

13 de abril de 2024 - 12:55

Em sua conta no LinkedIn, o advogado Diego de Lima Gualda data o fim de sua atuação na empresa em abril de 2024

META FISCAL

Mal saiu, e já deve mudar: projeto da meta fiscal já tem data, mas governo lista as incertezas sobre arrecadação

13 de abril de 2024 - 11:49

A expectativa é para a mudança da meta fiscal a ser seguida no próximo ano devido a incertezas sobre a evolução na arrecadação

ELEIÇÕES 2024

São Paulo já tem oito pré-candidatos na disputa por nove milhões de votos; conheça os nomes

7 de abril de 2024 - 15:45

Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) lideram as pesquisas de intenção de votos a seis meses das eleições municipais

VEM DINHEIRO AÍ?

Haddad acerta com mercado financeiro mudanças na tributação e prazos para atrair investimentos para bolsa 

4 de abril de 2024 - 8:44

A expectativa é de que as propostas avancem após a regulamentação da reforma dos impostos sobre o consumo, aprovada no ano passado pelo Legislativo

Eleições municipais

Simone Tebet diz que subirá em palanque de prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, quando Jair Bolsonaro não estiver

31 de março de 2024 - 11:54

Candidato a reeleição na capital paulista, Nunes é do MDB, partido da ministra do Planejamento

INÍCIO DA DITADURA

Maioria da população diz que data do golpe de 1964 deve ser desprezada, diz Datafolha; como o governo Lula lidará com a data?

30 de março de 2024 - 15:02

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o governo não realize atos em memória do golpe neste ano

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar