Crítica de Guedes a Congresso e atraso em emendas tumultuam votação da reforma
Estratégia conta com o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e inviabiliza a leitura do voto do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator da reforma, criando mais dificuldades para o cumprimento do calendário
Uma nova briga do governo com o Congresso pode atrasar a votação da reforma da Previdência. Agora, deputados da Comissão Especial da Câmara que analisa a proposta de mudança na aposentadoria ameaçam cancelar a sessão marcada para esta quinta-feira, 27, em represália a críticas do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Legislativo e também ao atraso na liberação de emendas parlamentares.
A estratégia conta com o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e inviabiliza a leitura do voto do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), relator da reforma, criando mais dificuldades para o cumprimento do calendário de votação neste semestre.
Deputados se indignaram ao saber que, na noite de terça-feira, Guedes tinha atacado o Legislativo em conversa com o governador do Ceará, Camilo Santana (PT). Contrariado com “provocações” de Maia (DEM-RJ), que definiu o governo como “uma usina de crises”, o ministro teria afirmado que “o Congresso é uma máquina de corrupção.”
Foi o que bastou para o início de uma rebelião. Na tribuna da Câmara, deputados se revezavam na ofensiva contra Guedes. “É inaceitável que sejamos chamados de máquina de corrupção”, afirmou o deputado Alexandre Frota (PSL-SP). Logo depois, porém, Frota recebeu uma mensagem de WhatsApp do próprio Guedes e voltou atrás no comentário.
O ministro argumentou que sua frase fora tirada de contexto. “Eu disse que temos de trabalhar juntos e não cairia na provocação de reagir à acusação de usina de crises”, escreveu Guedes para o deputado. Mais tarde, o Ministério divulgou nota com a mesma justificativa, destacando que o titular da Economia “valoriza o trabalho de todos os parlamentares engajados pela Nova Previdência”. Camilo Santana, por sua vez, disse que Guedes “nunca fez tal comentário contra o Congresso”.
Emendas
Pouco antes dessa polêmica, no entanto, deputados já se queixavam de que o Palácio do Planalto não cumpre acordos. Líderes de vários partidos - do Centrão e da oposição - confirmaram ao Estado que o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, prometeu liberar neste ano R$ 20 milhões em emendas, para cada parlamentar, e outros R$ 20 milhões em 2020, antes das eleições municipais.
A primeira leva seria paga em duas parcelas: R$ 10 milhões após o voto favorável à reforma da Previdência na Comissão Especial e outros R$ 10 milhões depois da aprovação da proposta no plenário. A Casa Civil nega o acordo. “As emendas não estão sendo pagas faz tempo e há uma justa reivindicação de todos neste sentido”, resumiu o líder do PL, deputado Wellington Roberto (PB). “Não é um toma lá, dá cá, mas esperamos que o governo cumpra o que a lei manda.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em evento do mercado financeiro, Paulo Guedes volta a defender projetos do governo e reforça crescimento do Brasil
Paulo Guedes, ministro da Economia, também aproveitou a ocasião para dizer que permanecerá no cargo em caso de reeleição
Paulo Guedes fala em “ligar o foda-se” para França, maior empregador estrangeiro no Brasil
O país europeu é terceiro que mais investe no Brasil; as exportações para a França vêm crescendo 18% neste ano
No evento dos investidores, Guedes pinta o Brasil com cores escolhidas a dedo
Paulo Guedes falou à plateia de investidores e reclamou dos “mas” que costuma ouvir quando fala de algum dado positivo sobre o atual governo
Guedes sugere congelamento de preços a empresários — conheça os efeitos da prática que já ficou famosa no Brasil
Enquanto o ministro pede que as tabelas de preços sejam atualizadas apenas em 2023, após as eleições, Bolsonaro diz que empresários devem ter o menor lucro possível com a cesta básica
Descolado do exterior, Ibovespa recua 0,8% e quase perde os 110 mil pontos; dólar sobe e vai a R$ 4,79
O índice até abriu o dia em alta, mas o ímpeto positivo não foi páreo para o noticiário nacional, que incluiu uma nova fritura do ministro da Economia, Paulo Guedes
É o fim da alta da gasolina? Bolsonaro quer resolver a questão dos combustíveis com Guedes ‘nos próximos dias’
Na última semana, Bolsonaro reuniu os ministros para debater sobre a possibilidade de criar um subsídio para combustíveis, mas o ministro da Economia convenceu o presidente a esperar
A kryptonita de Paulo Guedes: “superministério” é ameaçado pela promessa de recriação de mais uma pasta
Bolsonaro prometeu recriar o Ministério da Indústria e Comércio, cujas atribuições estavam sob comando do Ministério da Economia de Paulo Guedes desde 2019.
Privatização da Petrobras (PETR4) vai acontecer? Para Guedes, se Bolsonaro for reeleito, sim; confira o que disse o ministro em Davos
O ministro da Economia ainda afirmou que o Brasil está saindo da crise “na frente da curva” e que a inflação no país poderia ter atingido o pico e logo começaria a recuar
O Porto de Santos pode ter um dono holandês? Foi o que indicou o ministro Paulo Guedes
O ministro teve hoje uma reunião bilateral com o presidente da APM Terminals, Keith Svendsen, que demonstrou interesse em comprar o Porto de Santos
Vem aí o “peso real”? Paulo Guedes defende criação de moeda única para Brasil e Argentina
O Ministro da Economia destacou a importância da integração latino-americana em meio à conjuntura mundial conturbada, e sugeriu a possibilidade de uma moeda comum.