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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Tensão nos ares

Crise na Boeing: sindicatos de companhias aéreas temem a liberação do 737 Max

Com a possibilidade de as aeronaves 737 Max da Boeing serem liberadas novamente para voar, os sindicatos das companhias aéreas mostram-se preocupados

miniatura de Boeing 737 MAX
Miniatura de Boeing 737 MAX em exposição em Moscou em julho de 2017 - Imagem: Shutterstock

A Boeing está tendo de lidar com o pior tipo de crise para uma fabricante de aeronaves: a de confiabilidade. Afinal, depois de dois acidentes fatais envolvendo o avião 737 Max em circunstâncias que ainda não foram completamente esclarecidas, é natural que a opinião pública mostre algum receio em relação à empresa.

Fazendo uma breve retrospectiva: em outubro de 2018, uma aeronave desse modelo, operada pela Lion Air, caiu no mar ao norte da Indonésia, matando 189 pessoas; em março deste ano, um avião semelhante, operado pela Ethiopian Airlines, também se acidentou, deixando 157 vítimas fatais.

Investigações posteriores indicam que ambos os acidentes foram causados pelo mal funcionamento de um sistema auxiliar de pilotagem — e há relatos de que a Boeing tinha conhecimento das falhas do projeto. Assim, pouco depois da segunda tragédia, órgãos reguladores nacionais recomendaram a suspensão do uso dessas aeronaves.

Essa situação trouxe enormes transtornos às companhias aéreas que têm aviões 737 Max em suas frotas e à Boeing em si, já que seus pátios ficaram lotados de aeronaves desse modelo — clientes se recusavam a receber as unidades que foram encomendadas, temendo que os órgãos reguladores banissem de vez seu uso.

Mas, passados mais de seis meses desde o acidente da Ethiopian, muitas autoridades nacionais já falam em dar sinal verde às decolagens do 737 Max — inclusive os órgãos reguladores dos Estados Unidos. E, com essa perspectiva em mente, foi a vez de os sindicatos de funcionários de empresas aéreas se manifestarem, juntando-se ao grupo dos receosos.

"Os 28 mil tripulantes de voo que trabalham para a American Airlines se recusam a entrar num avião que pode não ser seguro e exigem a adoção dos mais elevados padrões de segurança para evitar outra tragédia", diz Lori Bassani, presidente da Associação Profissional dos Tripulantes de Voo dos EUA, em carta à Boeing.

O sindicato, que representa os trabalhadores da American Airlines — a maior companhia aérea americana, em termos de passageiros transportados —, cobra 'honestidade' de Dennis Muilenburg, presidente da Boeing. "Nossas vidas não estão à venda", conclui a carta.

Em entrevista ao The Dallas Morning News, Bassani foi além, afirmando que alguns funcionários estariam "implorando" para não entrar novamente num 737 Max.

Um tom mais agressivo foi adotado por Jon Weaks, presidente da Associação dos Pilotos da Southwest Airlines — a terceira maior companhia aérea dos EUA. "A Boeing nunca receberá o benefício da dúvida novamente", diz ele, também em carta. "A combinação de arrogância, ignorância e ganância assombrará a Boeing pela eternidade".

Atualmente, a Southwest possui 34 aviões 737 Max em sua frota, mas outros 276 foram encomendados à Boeing antes dos acidentes fatais. A American Airlines tem 24 aeronaves desse modelo, com outras 76 já encomendadas.

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