Depois de fazer a rolagem das linhas de dólar com compromisso de recompra que venceriam em agosto, o Banco Central (BC) voltará ao mercado, agora para oferta de até US$ 1 bilhão em novas operações.
Nesse tipo de atuação, o BC “empresta” os dólares das reservas internacionais que terão de ser devolvidos posteriormente. Na operação a ser feita na manhã de sexta-feira, o BC fará duas rodadas, com vencimentos em setembro e outubro. Nesta quinta-feira, o dólar comercial fechou com alta de 0,34%, a R$ 3,782.
Na segunda, o BC tinha concluído a rolagem parcial de US$ 3,9 bilhões em linhas que venceriam na virada do mês. Dos US$ 4 bilhões ofertados, US$ 3,4 bilhões foram tomados pelo mercado, com vencimento para setembro.
O estoque de linhas soma cerca de US$ 12 bilhões. Além dos 3,9 bilhões que venceriam em 2 de agosto, temos US$ 3 bilhões em 2 de outubro, US$ 1 bilhão em 3 de dezembro, US$ 1,624 bilhão em 3 de janeiro de 2020 e US$ 2,126 bilhões em 2 de abril de 2020.
Normalmente os leilões de linha atendem à demanda por moeda à vista tanto para remessas de lucro ao exterior como para o pagamento de empréstimos e financiamentos externos. Com fluxo cambial negativo, a atuação do BC se faz necessária para que não tenhamos problemas no mercado de cupom cambial (juro em dólar no mercado local).
O BC vem atuando pontualmente apenas no mercado à vista, pois já concluiu a rolagem dos swaps cambiais (que equivalem à venda de dólar no mercado futuro) que venceriam em agosto.