Atenção, volatilidade à frente
O drama da guerra comercial entre Estados Unidos e China não chegou ao fim, longe disso. Nesta terça-feira, o assunto continuou no radar dos mercados que, por aqui, ainda estão muito à mercê do cenário internacional.
Apesar de as discussões acerca da reforma da Previdência estarem retornando nesta semana, o tema ainda não engrenou o suficiente para voltar a centralizar as atenções dos investidores domésticos.
Hoje, por exemplo, a bolsa brasileira novamente seguiu o clima do exterior que, desta vez, foi diametralmente oposto ao de ontem. As ações viram forte alta, num movimento de recuperação depois do tombo de segunda-feira.
Comportamento típico dos mercados. Uma forte reação a algum acontecimento, seguida de uma correção depois que os ânimos se assentam e os investidores são capazes de avaliar melhor o que está se passando. Atira primeiro e pergunta depois.
Ainda não dá para saber se foi apenas uma depressão no caminho do Ibovespa, ou se a estrada adiante está muito esburacada. Mas o mais provável é que a guerra comercial ainda renda umas boas trepidações. Pelo menos é isso que esperam os tubarões do mercado, que veem muita volatilidade adiante com essa história.
O Victor Aguiar, que segura na sua mão nessa viagem pela bolsa, traz os detalhes sobre o pregão de hoje, as novidades no front da guerra comercial e tudo que mexeu com os mercados nesta terça.
Arco-íris por trás da nuvem
O acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, porém, não é sinal apenas de tempestade. Pelo menos é nisso que acredita o CEO da Franklin Templeton no Brasil, uma gigante mundial em gestão de investimentos. Para Marcus Gonçalves, toda essa volatilidade gerada pelas disputas tarifárias e os discursos inflamados também está carregada de oportunidades para quem pensa em diversificar a carteira. A Bruna Furlani esteve hoje no segundo dia de um evento fechado para investidores e traz as visões do gestor nesta matéria.
Me dá um prazo aí
Ao ser questionado sobre a inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, resolveu soltar datas. Afirmou que a “PEC paralela” - a saída encontrada para conseguir englobar os entes no projeto - deve ser aprovada no plenário da Casa em até 15 dias . O prazo é bastante otimista, tendo em vista a polêmica que o assunto causou durante as discussões da reforma na Câmara. Enquanto isso, governadores correm para fechar seus pontos dentro de outra importante reforma: a tributária. Saiba todos os detalhes em jogo neste texto.
Tudo na paz
Enquanto a guerra comercial corre solta lá fora, aqui no Brasil o Banco Central parece tranquilo. Quem diz é o presidente da entidade, Roberto Campos Neto. Para ele, o cenário externo está mais conturbado, mas nada que atrapalhe os planos de longo prazo do BC quando o assunto é juros.
Campos Neto também aproveitou sua fala em evento na manhã de hoje para explicar a importância da agenda de reformas microeconômicas da entidade, que não rende muita manchete nem holofote, mas é um “trabalho de formiguinha” de suma importância para botar nossa economia de volta nos trilhos. Quem acompanhou os pormenores da apresentação do presidente do BC foi o Eduardo Campos, e ele conta tudo para você aqui no Seu Dinheiro.
E o parabéns
Quem está de aniversário hoje é a fabricante de ônibus Marcopolo. E o que poderia ser melhor para comemorar seus 70 anos do que um belo balanço trimestral? A empresa mandou bem no segundo período do ano e trouxe resultados acima do esperado, a começar pelo lucro líquido, que deu um salto e atingiu R$ 90,9 milhões na comparação anual. Quem também entrou na festa foi o investidor, que foi às compras e jogou o preço da ação lá em cima. O resultado desse movimento todo o Victor Aguiar te conta nesta matéria.
Eike e o mistério da caixa-preta
Podia ser o título de mais um sucesso cinematográfico, exibido em mais de 200 países em várias línguas. Mas é apenas Eike Batista prestando esclarecimentos sobre empréstimos contraídos pelo seu grupo empresarial, o EBX, junto ao BNDES. Eike soltou o verbo na CPI do banco no Congresso e falou que, por ter muita exposição na mídia, está sendo usado para desviar a atenção das verdadeiras caixas-pretas do BNDES . E ainda deu uma pancada na Odebrecht. O Edu Campos passou a tarde na comissão e traz todos os detalhes do depoimento do empresário.
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