A Vale (VALE3) reportou o balanço referente ao segundo trimestre de 2025 na quinta-feira (31). E, na avaliação do BTG Pactual, a mineradora divulgou um “conjunto decente” de resultados, com destaque para Ebitda acima do consenso e desempenho acima do esperado em metais básicos.
O Ebitda (lucro ante juros, impostos, depreciação e amortização) reportado pela Vale no 2T25 foi de US$ 3,4 bilhões. O valor está 10% acima das estimativas do BTG e 7% acima do consenso, impulsionado principalmente pelo setor de metais básicos.
A Vale Base Metals (VBM) teve alta de 14% na receita líquida, que somou US$ 1,8 bilhão, impulsionada pelo aumento nos volumes de produção de cobre e níquel. A diluição de custos, somada a efeitos pontuais como a reversão de impairment de estoques, levou o Ebitda da divisão a saltar 77%, para US$ 721 milhões.
O BTG acredita que os resultados positivos reportados pela Vale são reflexo dos recentes esforços de “arrumação da casa” por parte da gestão:
“Reconhecemos os avanços recentes na dinâmica da Vale, como a entrega consistente em produção/estabilidade de minério de ferro, custos menores, melhora no guidance de cobre, progressos em Samarco e melhorias institucionais”, avaliaram os analistas do banco.
No entanto, em um relatório recente avaliando os resultados da mineradora, o BTG deixou claro que mantém recomendação neutra para as ações VALE3.
O que faltou para que o BTG Pactual recomendasse a compra das ações VALE3?
O banco de investimentos acredita que o mercado reagirá bem aos resultados da Vale. Sobretudo considerando o posicionamento negativo atual, dado que a Vale é um dos shorts mais consensuais do Ibovespa, segundo pesquisas do BTG.
Apesar disso, o banco enxerga que o cenário macroeconômico deve seguir influenciando negativamente a Vale. Principalmente no que diz respeito à China – maior cliente da companhia, especialmente em minério de ferro e pelotas:
“A narrativa macro da China ainda é frágil (apesar do noticiário), o que pressiona todo o complexo de aço e gera pressão negativa sobre os preços de minério”, explicam os analistas.
Além disso, o banco enxerga que o potencial de geração de fluxo de caixa da Vale é limitado neste momento, diante da possível queda no preço do minério:
“Ainda achamos difícil enxergar retorno relevante na avaliação atual, com o papel sendo negociado a ~4,5 vezes o Ebitda para 2025 e dividend yield de ~7% (dividendo mínimo)”, afirmam.
Por tudo isso, o BTG Pactual manteve sua recomendação neutra para as ações da Vale (VALE3). Uma vez que “o forte desempenho atual da ação é mais de caráter especulativo do que ancorado em fundamentos”.
Saiba o que esperar dos balanços de outras grandes empresas listadas na bolsa brasileira
Você acabou de conferir a opinião do BTG Pactual a respeito dos resultados da Vale no 2º trimestre de 2025. Mas isso é só um “gostinho” do que o maior banco de investimentos da América Latina preparou nesta temporada de balanços.
Pensando em auxiliar os investidores a tomarem as melhores decisões por seus patrimônios, o BTG preparou um Guia para a Temporada de Balanços do 2T25.
Neste material, você vai encontrar o que esperar dos resultados de mais de 100 empresas listadas na bolsa e as recomendações do que fazer com as ações, segundo o BTG.
Afinal, os resultados corporativos são fundamentais para que o mercado entenda a saúde financeira das empresas e atualize suas projeções. E, é claro, as suas recomendações para as ações.
Por outro lado, “decifrar” um balanço não é uma tarefa tão simples. Assim, o BTG preparou um guia completo e fácil de entender para te ajudar a investir melhor nesta temporada de balanços.
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