Quando um único setor responde por quase um terço de toda a riqueza gerada no país, é difícil argumentar que ele seja apenas mais uma fatia da economia.
O agronegócio é um dos principais motores de crescimento do Brasil, tanto no campo quanto na Bolsa de Valores.
Segundo estimativas da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) em parceria com o Cepea/USP, o agro deve representar 29,4% do PIB nacional em 2025.
Na prática, isso significa que a cada R$ 10 que giram na economia, quase R$ 3 vêm, direta ou indiretamente, da atividade agrícola, pecuária ou florestal.
Diante de um peso tão expressivo na economia, o agronegócio brasileiro desponta como um setor que merece ser analisado com mais atenção pelos investidores que buscam lucros na bolsa brasileira – entenda como se posicionar a seguir.
O Brasil é grande, e o agro é gigante
Com o avanço populacional estimado em 20% até 2050, segundo a ONU, o mundo já se prepara para uma demanda crescente por alimentos, água e energia.
O Brasil já desponta no centro desse cenário, não apenas como um fornecedor, mas como protagonista:
- Líder mundial em exportação de soja, milho, café, carne bovina, celulose e suco de laranja;
- Segundo maior produtor de etanol do planeta;
- 25% da capacidade global de processamento de carne bovina.
E o protagonismo não se limita ao volume do suprimento.
O país tem um papel-chave em frentes como biocombustíveis, genética animal e recuperação de pastagens.
Além disso, destaca-se pelo uso eficiente de fertilizantes e pela crescente digitalização do campo. Um movimento que tende a impulsionar ainda mais a produtividade e a competitividade das empresas brasileiras do setor.
Com isso, o agro deixa de ser apenas uma atividade rural para se tornar também uma avenida promissora na Bolsa de Valores, com potencial de valorização e geração de renda via dividendos para o investidor.
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JBS (JBSS32), Cosan (CSAN3), Suzano (SUZB3) e outras protagonistas do agro na B3
O universo do agronegócio vai muito além da imagem da fazenda. Ele compõe uma cadeia robusta e diversificada, que inclui o setor alimentício, empresas de papel e celulose, produtores de etanol, distribuidoras de combustíveis, holdings logísticas e agroindústrias integradas.
O mercado de ações brasileiro já abriga mais de 20 companhias listadas ligadas ao agro, que juntas somam cerca de R$ 400 bilhões em valor de mercado.
Algumas delas, inclusive, são líderes globais em seus segmentos de atuação:
- A JBS (JBSS32) é uma das maiores empresas de alimentos do mundo e a maior processadora de carnes em escala global, com operações relevantes em países como Estados Unidos, Canadá e México e listagem na NYSE (bolsa de Nova York).
- A Cosan (CSAN3) é uma holding com atuação integrada em energia, logística, biocombustíveis e agro, alinhada a megatendências como descarbonização e infraestrutura sustentável.
- A Suzano (SUZB3) é a maior produtora global de celulose de eucalipto e a maior fabricante de papéis da América Latina.
Essas são apenas algumas das companhias que simbolizam a força do agronegócio na bolsa e podem ser boas estratégias para o investidor se posicionar e buscar lucros com o segmento.
Mas o setor vai além: além dessas três companhias, há uma série de empresas com diferentes perfis que compõem essa engrenagem que movimenta bilhões na economia nacional e na B3.
A boa notícia é que para quem deseja acompanhar de perto esse universo e entender melhor o papel de cada companhia listada, o Money Times preparou um material gratuito, que reúne as principais informações sobre as empresas do agro e seus diferenciais no mercado.
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