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WhatsApp ‘do Lula’: o que se sabe sobre o aplicativo de mensagens que o governo quer criar

Imagem de Lula gerada por IA

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Será o fim da figurinha de “bom dia” da tia no grupo da família? A notícia de que o governo Lula tem planos de um WhatsApp para chamar de seu deixou muita gente confusa.

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Fato é que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) já deu início aos testes de um aplicativo próprio de troca de mensagens — “inovador, ágil e integrado à estratégia do governo digital”.

A informação faz parte de uma apresentação que o diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa, fez à Comissão de Controle de Atividade de Inteligência do Congresso Nacional.

Mas, calma: o objetivo é usar a ferramenta apenas em comunicações internas, entre servidores públicos federais e órgãos governamentais. Ou seja, não há planos de levar o “Zapbras” ao público em geral.

A ideia é que o WhatsApp estatal inicialmente seja de uso dos integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin). Mas o governo tem planos de expandir o aplicativo para todos os órgãos federais, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.

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A justificativa para a criação do aplicativo é a soberania nacional nas comunicações oficiais. Isso porque autoridades do governo e agentes públicos atualmente usam aplicativos que podem estar sujeitos à espionagem e vazamentos.

Aliás, isso já aconteceu durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, integrantes do alto escalão do governo brasileiro sofreram espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos.

Mais recentemente, os ataques às sedes dos três poderes em 8 de janeiro de 2023 também apontaram falhas nas comunicações do governo.

Como deve funcionar o 'WhatsApp do Lula'

A reunião do diretor da Abin no Congresso foi restrita a integrantes da comissão — apenas a apresentação se tornou pública.

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Mas o sistema deve contar não só com um sistema de criptografia próprio como incorporar as principais funções do WhatsApp. Ou seja, além da troca de mensagens e chamadas, deve permitir o compartilhamento de dados e documentos, além da criação de grupos.

Vale lembrar que essa não é uma iniciativa nova. Até 2020, a Abin contava com um aplicativo chamado Athena, que contava com uma interface bem parecida com a do WhatsApp e permitia, por exemplo, a destruição de mensagens de forma remota em caso de roubo do aparelho.

O projeto do Whatsapp do governo é desenvolvido pela Abin em parceria com a Universidade Federal do Ceará e Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

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