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Eleições 2026: Lula mantém liderança em todos os cenários de 2º turno, e 76% querem que Bolsonaro apoie outro candidato, diz pesquisa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O tabuleiro político para as eleições presidenciais de 2026 continua a se movimentar, e os números mais recentes desenham um cenário ainda incerto em meio às possíveis disputas. A nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (9), indica que a maioria dos brasileiros (56%) acredita que Lula não deveria buscar a reeleição. Ao mesmo tempo, cresce o sentimento de que Bolsonaro deveria apoiar outro candidato em 2026. 

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Ainda assim, o atual presidente mantém vantagem sobre todos os possíveis adversários e venceria em qualquer cenário de segundo turno, consolidando-se, por enquanto, como o principal nome na disputa pelo Planalto.

Além disso, nomes como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ronaldo Caiado aparecem no radar nacional, mas ainda com altos índices de desconhecimento e rejeição.

A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 5 de outubro, com base em 2.004 entrevistas presenciais com brasileiros com 16 anos ou mais. A margem de erro estimada é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Lula x adversário apoiado por Bolsonaro

Como aponta a pesquisa Genial/Quaest, 56% dos entrevistados se dizem contrários a uma nova candidatura de Lula, enquanto 42% defendem que o petista tente um novo mandato. A diferença de 14 pontos porcentuais é a menor registrada pelo instituto desde maio, sinalizando uma discreta diminuição na resistência à permanência de Lula no poder.

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Por outro lado, o levantamento mostra que a maior parte dos brasileiros continua a defender o apoio de Jair Bolsonaro a outro candidato em 2026, mantendo esse índice no nível mais alto já registrado pela pesquisa, de 76%. 

A parcela de 18% que apoia uma nova candidatura do ex-presidente segue como a menor da série. Mesmo entre seus próprios eleitores, há divisão:  52% gostaria que ele voltasse à disputa, enquanto 47% preferem que ele apoie um novo nome.

Lideranças nacionais e rejeição

O estudo também analisou o grau de conhecimento, o potencial de voto e a rejeição das principais lideranças políticas do país. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apresentou seu maior índice de rejeição desde o início do levantamento, com 41% — em janeiro, o percentual era de 32%. 

Já Lula, com 51% de rejeição, mostrou uma leve recuperação em relação ao pico de 57% registrado em maio. Bolsonaro, por sua vez, continua com percepção negativa elevada, embora com 63% tenha registrado uma pequena queda em relação ao mês anterior.

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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) detém o maior índice de percepção negativa entre os nomes avaliados, com 68%. Logo atrás dele e do pai, aparecem a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com 61%, e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 60%.

O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), registra um índice de rejeição semelhante ao de Tarcísio, com 40%. Já os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), apresentam percepção negativa de 34% e 32%, respectivamente.

Ainda com baixo nível de conhecimento nacional, 54% dos entrevistados afirmam não conhecer Caiado, 52% dizem o mesmo sobre Zema, 37% sobre Ratinho Jr. e 33% sobre Tarcísio.

Lula venceria todos os rivais no 2º turno

Segunda a pesquisa, Lula leva vantagem sobre todos os possíveis adversários na eleição de 2026. O petista lidera em todos os cenários de 1º turno, pontuando entre 35% e 43% das intenções, a depender da lista de candidatos.

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Lula também venceria todos os rivais no segundo turno se a eleição fosse hoje. O presidente, contudo, não tem mais da metade das intenções de voto em nenhum dos cenários devido ao número de indecisos e àqueles que declaram que votarão em branco, nulo ou não votarão.

Lula x Tarcísio

Embora Tarcísio de Freitas afirme que não pretende concorrer ao Palácio do Planalto em 2026 e busque a reeleição no governo estadual, a pesquisa Genial/Quaest mostra o petista ampliando sua vantagem em um possível cenário de disputa contra o governador de São Paulo.

Até maio, Tarcísio vinha reduzindo a diferença e chegou a um empate técnico com Lula — 41% a 40%, com o presidente numericamente à frente. Desde então, no entanto, a tendência se inverteu, e o petista ampliou a vantagem, atingindo 45% das intenções de voto, contra 33% de Tarcísio, a maior distância entre ambos neste ano.

Lula oscilou positivamente dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, enquanto o governador de São Paulo recuou na mesma proporção. Outros 19% afirmam que votariam em branco ou nulo, e 3% permanecem indecisos.

O avanço do presidente ocorre em meio a novos atritos políticos. Nesta quarta-feira (8), a Câmara dos Deputados impôs uma derrota ao governo ao derrubar a Medida Provisória que previa medidas alternativas de arrecadação ao aumento do IOF. 

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Aliados de Lula atribuíram a articulação contrária à proposta a Tarcísio de Freitas, acusado de ter contatado deputados para influenciar o resultado — o governador, contudo, negou qualquer envolvimento no episódio.

Ciro como o rival mais forte

O adversário mais competitivo contra Lula neste momento é Ciro Gomes (PDT). O presidente venceria o ex-deputado cearense num eventual segundo turno por 41% a 32%, diferença de nove pontos.

Por outro lado, a maior vantagem de Lula é de 23 pontos percentuais: ele venceria o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), por 45% a 22%. Em seguida, o presidente tem 15 pontos de vantagem contra Romeu Zema (47% a 32%), Ronaldo Caiado (46% a 31%) e Eduardo Bolsonaro (46% a 31%).

A Quaest também mediu a intenção de voto espontânea para presidente. Ao contrário dos demais cenários, neste caso não é apresentada uma lista com os nomes dos candidatos.

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Lula foi mencionado por 19% dos entrevistados e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível, por 6%. A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro (PL), Tarcísio e outros nomes somados foram citados por 1% cada. Indecisos são 69% e 3% responderam que votarão em branco, nulo ou não votarão.

  * Com informações de Money Times e Estadão Conteúdo

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