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Com Tarcísio de Freitas cotado para a corrida presidencial, uma outra figura surge na disputa pelo governo de SP

Tarcísio de Freitas (Republicanos), novo governador de São Paulo, discursa na Alesp

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo

Embora o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ainda não tenha confirmado se pretende concorrer à presidência em 2026, o político está entre os principais nomes cotados para a disputa eleitoral. Com isso, uma nova figura começa a surgir como um possível candidato para o governo paulista: o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP).

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De acordo com duas fontes que conversaram com o secretário sobre o tema, ele passou a admitir em conversas reservadas a disposição de ser candidato a governador. Até então, Derrite vinha demonstrando resistência em disputar o Palácio dos Bandeirantes porque considera que tem uma eleição bem encaminhada ao Senado.

A mudança teria sido motivada pela crença do secretário de que teria apoio de Jair Bolsonaro (PL) e conseguiria se viabilizar como o candidato bolsonarista na disputa pelo governo de São Paulo.

Porém, o empecilho seria desfalcar ainda mais a chapa bolsonarista ao Senado, que já não contará com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), autoexilado nos Estados Unidos e denunciado por coação.

Agora, a prioridade do grupo de Bolsonaro é eleger o máximo de senadores para realizar o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Procurada, a assessoria de imprensa de Derrite negou que ele tenha admitido a possibilidade de disputar o Palácio dos Bandeirantes. "O foco dele é o Senado", diz a nota enviada.

Bolsonaro como um obstáculo para Tarcísio e Derrite

Quando Derrite trocou o Partido Liberal (PL) pelo Progressistas (PP) em maio, parlamentares bolsonaristas ficaram incomodados porque enxergaram o evento como lançamento de uma pré-candidatura do secretário a governador.

O mal-estar teria sido causado pela compreensão de que a participação de Derrite na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes implicaria que Tarcísio seria candidato a presidente, deixando Bolsonaro em segundo plano.

"A vontade do partido é lançar Derrite a governador, mas isso não depende da gente, depende dele. Com a saída do Eduardo, ele se consolida como senador. É um nome muito forte porque acreditamos que essa eleição será pautada pela segurança pública", afirmou o presidente do PP de São Paulo, Maurício Neves.

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Para ele, é preciso primeiro definir o plano nacional, ou seja, quem será o candidato a presidente do grupo, para depois resolver o plano estadual.

Além de Derrite, o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), o vice-governador, Felício Ramuth (PSD), o presidente da Alesp, André do Prado (PL), e o secretário de Governo, Gilberto Kassab, também são cotados para substituir Tarcísio.

Vale lembrar que Derrite tem enfrentado desafios à frente da Segurança Pública paulista. O mais recente deles é o assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, em Praia Grande (SP).

Segundo o secretário, um dos suspeitos de efetuar os disparos está preso e não há mais dúvidas do envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC).

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Além disso, de acordo com os dados mais recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, São Paulo foi o Estado com o maior aumento de mortes causadas pelos policiais no último ano. Foram 813 ocorrências em 2024, ante 504 em 2023.

Houve ainda uma série de casos de violência policial entre o final do ano passado e o início deste ano que pressionaram Derrite, mas Tarcísio optou por mantê-lo no cargo.

Michelle Bolsonaro de fora da corrida presidencial?

Em meio aos rumores sobre a candidatura de Tarcísio para a presidência e a de Derrite para o governo de São Paulo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou, durante um evento do PL neste sábado (27), que não quer ser candidata a presidente da República.

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Michelle também aproveitou para pedir aos correligionários que trabalhem para eleger Jair Bolsonaro para o cargo. Vale lembrar que o ex-presidente está inelegível e em prisão domiciliar.

"Nós precisamos eleger o maior número de deputados e senadores em 2026 e vamos trabalhar pra reeleger o nosso presidente Jair Bolsonaro. Porque eu não quero ser presidente, não, eu quero ser primeira-dama. E eu sei que a restituição de nossa nação virá", discursou.

No entanto, a ex-primeira-dama admitiu em uma entrevista publicada na última quarta-feira (24), concedida ao jornal britânico The Telegraph, que poderia assumir uma candidatura caso fosse necessário para a defesa do legado do marido.

No evento deste sábado, ela afirmou que será "a voz" de Bolsonaro pelo Brasil e até no exterior.

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A ex-primeira-dama ainda fez críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que tem sido alvo de "humilhação" por ser submetida à revista policial durante o cumprimento da prisão domiciliar de Bolsonaro.

"Nem traficante e bandido tá tendo o tratamento que eu tô tendo hoje na minha casa. A minha filha presenciando essa humilhação, essa violação de direitos porque ela não tem culpa, e o carro dela tem que ser revistado na hora que ela sai e ela chega. Uma menina de 14 anos. O meu fusca foi revistado", afirmou Michelle.

Essas restrições foram impostas por Moraes após ter decretado a prisão domiciliar de Bolsonaro, no início de agosto, diante do descumprimento das medidas cautelares anteriores.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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