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“Careca do INSS”: quem é o empresário preso pela PF por esquema que desviou bilhões

Careca do INSS

Imagem: Redes Sociais

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (12) Antônio Carlos Camilo Antunes, mais conhecido como o “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, em uma nova fase da Operação Sem Desconto, chamada de Operação Cambota. 

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A ação, autorizada pelo STF, cumpriu 13 mandados de busca e dois de prisão preventiva em São Paulo e no Distrito Federal, após investigações apontarem o risco de fuga de Antunes.

O Careca do INSS é descrito pelas investigações como “epicentro da corrupção ativa” e “pagador de vantagens indevidas”. Ele ostenta o apelido apesar de nunca ter trabalhado como servidor do órgão.

Segundo a PF, ele teria repassado R$ 9,3 milhões a servidores do INSS, além de movimentar R$ 53,5 milhões entre associações suspeitas de golpes e empresas ligadas ao esquema. 

Para dar conta da operação, o empresário operava 22 empresas, algumas com o mesmo endereço e telefone, atuando em consultoria, call center, construção e incorporação.

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Patrimônio de luxo e movimentação suspeita

O “Careca do INSS” não economizou na vida pessoal: só em 2024, ele e a esposa movimentaram R$ 14,3 milhões em imóveis, incluindo movimentações sucessivas de um mesmo imóvel que somaram R$ 353 milhões, segundo informações divulgadas pelos investidores.

Além disso, Antunes possui empresa nas Ilhas Virgens Britânicas, que comprou quatro imóveis no Brasil avaliados em R$ 11 milhões.

Colecionador de carros de luxo, ele tem cerca de 12 carros, incluindo Porsche, BMW, Audi e Jaguar.

No LinkedIn, Antunes se apresenta como diretor de uma consultoria na área de saúde, com passagens por:

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Apesar do currículo, a PF aponta que a movimentação financeira e o patrimônio acumulado pelo Careca do INSS são desproporcionais à renda declarada, R$ 24,5 mil/mês. Isso reforça as suspeitas de lavagem de dinheiro e uso de paraísos fiscais, informa a PF.

Como funcionava o esquema

De acordo com a investigação, Antunes é o “lobista das entidades” que realizavam descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Ele não foi servidor do INSS, mas atuava como intermediário financeiro entre associações e servidores do órgão, recebendo e repassando recursos de forma organizada e rápida.

Funcionava assim: associações ligadas ao empresário cadastravam aposentados sem autorização, com assinaturas falsificadas, para descontar mensalidades diretamente dos benefícios pagos pelo INSS.

Os repasses a servidores e ex-diretores eram feitos no mesmo dia do recebimento, muitas vezes através de suas próprias empresas, dificultando o rastreamento.

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Parte dessas empresas era constituída ocmo Sociedade de Propósito Específico (SPE), com CNPJs no mesmo endereço em Brasília e atividades como “compra e venda de imóveis próprios”, usados para blindar patrimônio dos sócios. 

Resumo do esquema

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