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Brasileiros não apoiam exploração de petróleo na Foz do Amazonas, diz pesquisa — e afirmam que Lula deve proibir perfuração

Plataforma de petróleo

Uma nova pesquisa nacional, feita pelo Datafolha sob encomenda pela organização Ekō, mostra que a maioria dos brasileiros não apoia a exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas.  

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O estudo, divulgado pela Reuters, mostra que 61% dos entrevistados afirmaram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria proibir a extração de petróleo na região. O levantamento ouviu 2.005 pessoas entre os dias 8 e 9 de setembro. 

A resistência ao projeto é ainda mais acentuada entre o público jovem: 73% dos entrevistados com até 24 anos se manifestaram contra a exploração na área. 

A urgência do tema fica maior diante da proximidade da COP30, marcada para novembro, em Belém (PA). O evento deve aumentar a pressão para que o governo defina uma posição clara sobre a preservação ambiental versus a exploração de novos recursos poluentes.  

Em um contexto mais amplo, a pesquisa também mostrou um forte apoio à proteção da floresta amazônica. Cerca de 77% dos brasileiros apoiam a meta de zerar o desmatamento ilegal até 2030, embora somente 17% acreditem que esse objetivo será realmente atingido. 

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Além disso, 60% dos entrevistados afirmam já sentir os efeitos negativos das mudanças climáticas em suas vidas, e 81% defendem que o governo aja mais para proteger as comunidades vulneráveis. 

Foz do Amazonas e a disputa por petróleo  

A área da Foz do Amazonas, localizada no litoral do Amapá, é forte pelo seu alto potencial petrolífero, mas também apresenta grandes desafios socioambientais. 

A Petrobras (PETR4) busca há anos a autorização para perfurar um poço exploratório de petróleo em águas profundas. O objetivo é verificar a real existência de reservas e abrir uma nova fronteira exploratória para o país. 

Enquanto isso, o Ibama segue analisando o licenciamento ambiental. O órgão aprovou um simulado de emergência em setembro, mas solicitou ajustes adicionais à Petrobras antes de emitir um parecer final sobre a perfuração. 

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A espera pela resposta oficial do Ibama tem gerado custos significativos. Até a semana passada, a Petrobras já havia gastado cerca de R$ 180 milhões apenas para manter um navio-sonda de prontidão na região, aguardando a decisão. 

Apesar da forte oposição pública e das resistências de parte do governo federal e de movimentos ambientais, o presidente Lula defende que o Brasil deve conhecer o potencial de suas reservas de petróleo antes de tomar decisões. 

O governo federal mantém até o momento a oferta de novas áreas exploratórias. Em leilão realizado em junho deste ano, grandes petroleiras internacionais, incluindo ExxonMobil, Chevron e CNPC, já adquiriram blocos na bacia. 

*Com informações de Reuters.

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