A aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu para 33%. É o melhor resultado desde dezembro de 2024, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira(11). A taxa de reprovação, por sua vez, oscilou de 40% para 38%, dentro da margem de erro. Outros 28% avaliam a gestão como regular.
O novo índice marca uma virada para Lula, que entrou e 2025 rodeado de instabilidade política e econômica, além da chamada "crise do Pix". Vale lembrar que a aprovação do petista chegou a 24%, o pior nível dos seus três mandatos e seus números ficaram estagnados até julho, quando a aprovação subiu para 29%.
A taxação de Donald Trump e a exposição renovada do ex-presidente Jair Bolsonaro no histórico julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) coincidem com a melhora de Lula na pesquisa.
A avaliação pessoal do trabalho de Lula como presidente, no entanto, segue na mesma: 48% aprovam, ante 46% em julho, enquanto a reprovação oscilou de 50% para 48%, de acordo com o Datafolha.
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A pesquisa ouviu 2.005 pessoas com mais de 16 anos em 113 cidades entre os dias 9 e 10 de setembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Lula x Bolsonaro
Na comparação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula aparece em vantagem no mesmo momento do mandato. Após dois anos e nove meses no Planalto, o petista tem 33% de aprovação, contra 22% de Bolsonaro. À época, o ex-presidente registrava 53% de reprovação e 24% de avaliação regular.
É importante lembrar que o índice de reprovação do petista é um dos maiores entre presidentes desde a redemocratização a esta altura do mandato, mas na comparação direta Bolsonaro sai perdendo.
O petista também viu sua aprovação saltar de 38% para 45% no Nordeste, dentro de uma margem de erro de quatro pontos, e registrou avanço entre os evangélicos, grupo alinhado ao bolsonarismo: passou de 18% para 27% de ótimo/bom, ainda que a desaprovação siga elevada.
Lula é mais bem avaliado entre nordestinos (45% de ótimo/bom), eleitores com menor escolaridade (40%), pessoas de 45 a 59 anos (40%) e os mais pobres (39%). Já a maior rejeição vem do Sul (52%), dos evangélicos (52%), das faixas de renda acima de dois salários mínimos (de 47% a 51%) e de quem tem curso superior (46%).