As últimas semanas têm sido de boas notícias para os investidores da bolsa brasileira. O Ibovespa renovou mais uma vez a máxima histórica na última quarta-feira (17), ao encerrar o pregão acima dos 145 mil pontos.
Boa parte do otimismo recente veio da expectativa de corte de juros nos Estados Unidos, que foi confirmada na quarta-feira, com um corte de 25 pontos-base pelo Fed.
A redução na taxa de juros da principal economia do mundo impacta diretamente a política monetária de outros países, como o Brasil, e abre caminho para que o Banco Central faça o mesmo por aqui, afirma a analista Larissa Quaresma, da Empiricus.
“Os países emergentes se beneficiam da queda no custo de capital nos EUA. Isso gera um apetite a risco muito maior para investir em outros ativos. Deve ser uma força para baixo no dólar, o que pode abrir espaço para um corte na Selic”, disse.
Esperar queda da Selic para entrar na bolsa pode ser um erro, afirma analista
A expectativa da Empiricus é de que o primeiro corte na Selic ocorra na última reunião do Copom de 2025, em dezembro.
A queda da Selic beneficia as ações em várias frentes, como:
- A renda fixa perde atratividade e os investidores se voltam para as ações;
- O custo de expansão das empresas fica mais barato;
- O custo da dívida das empresas cai, o que favorece os resultados das companhias;
- A atividade econômica aquece o que, em segunda ordem, aumenta o lucro das empresas;
- A taxa de desconto usada para precificar empresas cai, o que eleva o valor presente das companhias – ou seja, o valor justo das ações fica mais alto.
Por conta desses benefícios, muitos investidores esperam a queda da Selic para investir na Bolsa de Valores. No entanto, isso pode ser um erro, como explica a analista.
Isso porque o mercado antecipa as probabilidades e, conforme a expectativa por corte na taxa de juros brasileira cresce, a tendência é que a bolsa valorize. Quem esperar, pode chegar atrasado.
“Quando for investir, o Ibovespa não estará mais em 144 mil pontos, estará em 160 ou 170 mil. É um bom momento para se posicionar, embora uma parte dessa expansão já tenha acontecido. Mas ainda tem muito para acontecer”, disse a analista, ressaltando que o índice ainda está abaixo da sua média histórica de múltiplo preço/lucro.
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Quais ações comprar para ter a chance de aproveitar o bom momento da bolsa?
Para auxiliar os investidores que querem iniciar posição na bolsa brasileira, ou até ajustar a carteira, a analista Larissa Quaresma selecionou 10 ações para comprar no cenário atual.
São 10 empresas de diferentes setores da economia que, juntas, formam um portfólio diversificado e capaz de entregar bons retornos aos investidores.
No ano, a carteira de 10 ações da analista, que é atualizada mensalmente, valorizou 21,8% até o final de agosto, contra 17,6% do Ibovespa no período.
Este mês, Larissa optou por ações “com viés de sensibilidade a juros”, justamente para poder capturar esse movimento descrito ao longo desta matéria.
A boa notícia é que a carteira foi disponibilizada como uma cortesia a todos os investidores interessados. Para saber quais ações comprar no cenário atual, clique neste link ou no botão abaixo.