Grammy Latino 2025: Liniker é o grande destaque brasileiro na premiação; veja os outros vencedores do Brasil
Hamilton de Holanda Trio, Sorriso Maroto e Chitãozinho & Xororó também receberam prêmios
Aconteceu nesta quinta-feira (13) o Grammy Latino 2025 e Liniker foi a estrela da noite para a música brasileira. A cantora e compositora foi a maior vencedora nacional levando o prêmio em três categorias, detalhadas abaixo. Mas, além da paulista, outros sete artistas e grupos musicais do Brasil receberam estatuetas.
“Convido vocês a olharem para o futuro da nossa música com alegria e otimismo”, disse o cantor colombiano Maluma, que apresentou a cerimônia ao lado da atriz e cantora porto-riquenha Rosalyn Sánchez.
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A edição de 2025 do Grammy Latino, realizada na MGM Grand Garden Arena, teve como novidade a introdução de duas novas categorias. Dentre elas, a de Melhor Música para Mídia Visual e Melhor Canção de Raízes. Essa segunda, inclusive, teve vencedor brasileiro.
Além da América Latina, a premiação abrange também Espanha e Portugal — reconhecidos como parte da Ibero-América —, bem como países africanos de língua portuguesa. Nestes casos fora da região latina, a gravação das músicas têm de ser majoritariamente em espanhol ou português. Além disso, precisam ter lançamento comercial nos mercados com estes idiomas.
Veja, a seguir, os vencedores brasileiros do Grammy Latino de 2025.
Liniker
A cantora e compositora Liniker foi o grande destaque brasileiro da noite, sendo vencedora em três categorias. Seu álbum Caju, lançado em 2024, ganhou o prêmio de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa e Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa. Já o single “Veludo Marrom”, parte do projeto, levou o título de Melhor Canção em Língua Portuguesa.
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Segundo a Rolling Stone Brasil, o álbum tem fortes influências de soul, R&B e black music. Além disso, mescla arranjos modernos, vocais expressivos e nuances eletrônicas às raízes da música popular brasileira. A música vencedora, por sua vez, fala sobre afeto, ancestralidade e amor preto. Em sua poética, traz uma reflexão sobre autovalor, cuidado e relações construídas a partir da potência da identidade negra.

Liniker iniciou sua trajetória artística na cidade de Araraquara, interior de São Paulo, formando em 2015 o grupo Liniker e os Caramelows. A banda ganhou rápido destaque nacional por unir MPB, soul, pop e temáticas identitárias, além da potência vocal.
Em 2020, Liniker deixou o grupo e começou a seguir carreira solo. Ela, então, passou a se destacar em meio às críticas e ao público por suas letras sensíveis, engajamento social e experimentação musical. Assim, de acordo com o G1, tornou-se uma das principais representantes da nova geração da música brasileira contemporânea.
Hamilton de Holanda Trio como o único vencedor em categoria geral
O Hamilton de Holanda Trio venceu a categoria de Melhor Álbum de Jazz Latino com o disco Hamilton de Holanda Trio Live in NYC. Com o reconhecimento, foi o único vencedor brasileiro em uma categoria não específica da língua portuguesa.
O bandolinista e compositor, nascido no Rio de Janeiro em 1976, é considerado referência mundial do instrumento, especialmente do bandolim de 10 cordas, bem como um dos maiores expoentes da música instrumental contemporânea.
De acordo com o site oficial do músico, por volta de 2018-2019, iniciou colaborações com Thiago "Big" Rabello, que toca o violão de 7 cordas, e Salomão Soares, baterista, integrantes do trio.
O Hamilton de Holanda Trio Live in NYC registra ao vivo um encontro entre choro e jazz, gêneros populares e coletivos marcados pela liberdade de improvisação e excelência técnica.
O projeto foi gravado no famoso Dizzy's Club, espaço do Jazz at Lincoln Center, em Nova York, durante uma das apresentações realizadas pelo trio nesse espaço. Tal show fez parte de uma turnê de 20 dias pelos Estados Unidos, com apresentações em diversos clubes e palcos do país.
Nomes famosos no samba e sertanejo
Com José & Durval, ninguém menos do que a dupla Chitãozinho & Xororó venceu a categoria de Melhor Álbum de Música Sertaneja. Como aponta o portal da Rede Globo, o álbum é um trabalho que reúne 15 faixas inéditas e apresenta uma nova sonoridade mais contemporânea ao repertório de ambos.
O projeto destaca sua história, raízes e "toda a emoção de uma vida dedicada à música sertaneja," de acordo com os músicos. Conta ainda com participações especiais de artistas como Fresno e Simone Mendes.
A conquista marca o sétimo Grammy Latino da carreira da dupla paranaense, o que reforça o legado de Chitãozinho & Xororó como pioneiros e referências incontestáveis do gênero sertanejo brasileiro.
Já com Sorriso Eu Gosto No Pagode Vol. 3 — Homenagem Ao Fundo De Quintal —, a banda Sorriso Maroto venceu a categoria Melhor Álbum de Samba/Pagode. O grupo é formado atualmente por Bruno Cardoso (voz), Sérgio Jr. (violão), Cris Oliveira (pandeiro e reco-reco), Vinícius Augusto (teclado) e Fred Araújo (surdo e percussão).
O projeto da banda, que surgiu em 1997, no bairro do Grajaú, Rio de Janeiro, de acordo com os canais oficiais do Sorriso Maroto, é definido pela valorização das raízes do pagode. Além disso, faz tributo ao Fundo de Quintal, referência do samba brasileiro. O grupo destacou grandes nomes como Jorge Aragão, Sombrinha, Almir Guineto e Arlindo Cruz e consolidou o pagode como principal expressão popular do Rio de Janeiro desde os anos 1980.
Raízes nacionais
Com o projeto Dominguinho, os cantores João Gomes, Mestrinho e Jota.pê receberam o prêmio de Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa. Como o nome já diz, o projeto homenageia o legado de Dominguinhos, reconhecido como exímio sanfoneiro e apadrinhado por Luiz Gonzaga. Além disso, explora as raízes da música nordestina, com sonoridades dos ritmos musicais nordestinos forró, baião e xote.
- Vale destacar que os artistas se reuniram especialmente para o projeto, mas cada um mantém carreira solo e trajetória independente. João Gomes é referência no piseiro e forró eletrônico. Mestrinho, por sua vez, é reconhecido nos cenários de forró tradicional, baião e música instrumental. Já Jota.pê se destaca por composições de MPB e abordagens contemporâneas.
Na categoria de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro-Portuguesa Brasileira, o vencedor foi Um Mar Pra Cada Um, de Luedji Luna. O disco da cantora e compositora de Salvador encerra uma trilogia de álbuns autoral iniciada em 2020, com Bom Mesmo É Estar Debaixo D'Água , e sua versão deluxe, lançada em 2022.
O projeto, como indica o UOL, explora temas como amor, desejo, fragilidade e ancestralidade. Por meio dessas ideias, traz à tona sua relação profunda com as águas e heranças afro-brasileiras.
Vencedores nichados
O grupo BaianaSystem, de Salvador, também está entre os brasileiros vencedores do Grammy com O Mundo Dá Voltas, o Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa.
A banda é formada por Russo Passapusso (vocais), Roberto Barreto (guitarra baiana), SekoBass (nome artístico de Marcelo Seco, responsável pelo baixo e programação), João Meirelles (sintetizadores e programação) e Ubiratan Marques (teclados e arranjos).
O disco se destaca pela forte presença de elementos afro-brasileiros e baianos, misturando música eletrônica, reggae, dub (gênero musical jamaicano) e ritmos tradicionais da Bahia como chula, samba duro, pagode baiano, axé, entre outros. Além disso, reúne mais de 15 participações especiais, como Anitta, Gilberto Gil e Alice Carvalho.
Por fim, o cantor e compositor mineiro Eli Soares venceu o Grammy na categoria "Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa" pelo álbum Memóri4s (Ao Vivo). O disco é um registro que celebra a trajetória de Eli no gospel nacional, de acordo com o Metrópoles. As letras naturalmente abordam fé, mas também experiências pessoais e esperança a partir de uma roupagem contemporânea e vocal potente.
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