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Trump vira assunto em Davos: o recado da China e a reação internacional em um dos fóruns mais respeitados do mundo

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Donald Trump vociferou aos quatro cantos que iria impor tarifas de 60% sobre a China logo no primeiro dia na Casa Branca. Essa promessa não foi cumprida e o mercado respira aliviado nesta terça-feira (21), na esperança de que a abordagem comercial da nova gestão seja mais branda do que o esperado. 

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Ao invés da taxação pesada, a ordem de Trump foi outra: as agências federais estão incumbidas de avaliar as relações comerciais dos EUA com outros países para medir os possíveis excessos. 

O novo presidente norte-americano também não fugiu do assunto no discurso de posse. Afirmando que a era de ouro dos EUA estava de volta e que faria os EUA grandes de novo, Trump falou ao mundo que aplicaria tarifas e impostos a bens estrangeiros. 

Depois da posse, o republicano chegou a dizer também que poderia impor tarifas à China caso o governo de Xi Jinping não aprovasse um acordo para vender o TikTok a uma empresa norte-americana.

Embora enfrente sua própria batalha interna, a China não assistiu ao show de Trump calada. Usando o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, como palco, Pequim deu nesta terça-feira (21) a primeira resposta às ameaças do novo chefe da Casa Branca. 

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Sem citar Trump nominalmente, o vice-primeiro-ministro da China, Ding Xuexiang, disse que é preciso promover uma economia global que seja inclusiva, que o protecionismo não traz benefícios e que uma guerra comercial não tem vencedores.

Para Ding, todos os países seriam afetados em um mundo fragmentado e a China é "grande defensora do multilateralismo".

“A China está disposta a importar produtos e serviços mais competitivos e de alta qualidade para equilibrar o comércio", afirmou ele, indicando que investimentos estrangeiros no país são bem-vindos.

A expectativa é que Trump use o palco de Davos para enviar novos recados. Ele deve participar do fórum por vídeo na quinta-feira (23). 

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A Europa está pronta para Trump e o gesto de Musk

Do lado europeu, quem se manifestou foi a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen. Em Davos, ela afirmou que o mundo está ingressando em uma nova era de competitividade

"Precisamos trabalhar em conjunto para evitar uma corrida para o fundo do poço", disse Von der Leyen ao reafirmar que a Europa está aberta para negócios.

E se Trump achou que as ameaças de taxação afastariam os países da China, isso não aconteceu — pelo menos não ainda. 

A presidente da Comissão Europeia aproveitou o fórum para destacar o desejo de fortalecer a parceria estratégica com a Índia e falou sobre a importância em encontrar benefícios mútuos na relação com a China.

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Já o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse ainda que fará de tudo para manter uma boa cooperação com os EUA e que reforçou apoio ao livre-comércio. 

"Tarifas mais baixas significam mais comércio, mais concorrência e preços mais baixos", defendeu ele ao citar a necessidade da Europa e da própria Alemanha de fazerem esforços para se tornarem mais competitivas.

Scholz foi à posse de Trump em Washington e afirmou que teve boas conversas com o republicano. Ao ser questionado, no entanto, sobre um suposto gesto nazista do bilionário Elon Musk no evento, o chanceler ressaltou que a Alemanha não aceita posições extremistas. 

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Zelensky, Trump e a guerra contra a Rússia

Outro assunto que precisará ser endereçado por Trump é a guerra da Rússia contra a Ucrânia. Várias vezes durante a campanha, o republicano disse que suspenderia a ajuda financeira a Kiev e que acabaria logo com a guerra. 

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Em Davos, Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, afirmou manter boas relações com Trump, que se comprometeu a fazer "o possível para acabar com a guerra contra Rússia neste ano". 

Zelensky enfatizou que a intenção de Trump é encerrar o conflito de forma eficaz e com garantias de segurança para a Ucrânia, priorizando resultados sustentáveis, em vez de pressa.

Apesar das promessas norte-americanas, Zelensky destacou a necessidade de maior engajamento da Europa no esforço de encerrar a guerra.

*Com informações do Financial Times

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