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Trump sem o apoio de Elon Musk em 2028? Bilionário diz que vai reduzir gastos com doações para campanhas eleitorais

Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece

Foto: Mandel Ngan/AFP

Se Donald Trump acreditava que o único empecilho para um terceiro mandato em 2028 seria a Constituição norte-americana, o presidente dos EUA acaba de receber uma má notícia.

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Elon Musk afirmou que pretende gastar “bem menos” em futuras doações para campanhas eleitorais. A fala foi realizada durante o Fórum Econômico do Catar e marca uma mudança na postura do bilionário.

Musk foi o principal apoiador de Trump durante a corrida eleitoral de 2024. Ele chegou a gastar mais de US$ 250 milhões para ajudar o republicano a alcançar o segundo mandato.

Porém, ao ser questionado se continuaria gastando nesse nível nas próximas eleições, o bilionário negou. “Acho que, em termos políticos, eu gastarei muito menos no futuro. Já fiz o suficiente”, afirmou.

Um golpe para os republicanos

Além de Trump, o anúncio atinge em cheio o Partido Republicano. Isso porque, nas últimas eleições, o CEO da Tesla também gastou mais de US$ 19 milhões para ajudar os republicanos a obter maioria no Congresso.

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E não para por aí. O comitê de ação política de Elon Musk, o America PAC, também foi um dos principais financiadores na eleição deste ano para uma vaga na Suprema Corte de Wisconsin.

Grupos ligados ao bilionário gastaram mais de US$ 13 milhões antes da votação, que foi realizada em 1º de abril. Apesar do apoio, o candidato conservador Brad Schimel perdeu para Susan Crawford.

Porém, Musk não descartou apoio financeiro em futuras campanhas eleitorais e disse que pode mudar de ideia em algum momento. “Se eu vir um motivo para fazer gastos políticos no futuro, eu farei. Mas não vejo razão neste momento”, afirmou.

Acabou o bromance entre Trump e Elon Musk?

O anúncio ocorre em meio à potencial saída de Musk do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), onde lidera uma cruzada contra os gastos públicos nos EUA.

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Porém, Trump deixou claro que a saída do bilionário, que deve acontecer nos próximos meses, foi um desejo do próprio Musk. “Eu o manteria pelo maior tempo que pudesse”, afirmou o presidente, na época do anúncio.

Além disso, mesmo fora do DOGE, o CEO da Tesla já deixou sua marca no atual governo norte-americano. Isso porque Musk colocou funcionários em cargos permanentes dentro da instituição.

“Já há muitos funcionários de Musk lá dentro e eles não vão embora, então o caos continuará e nada mudará”, disse um funcionário da Administração de Serviços Gerais à rede norte-americana CNN, sobre a saída do bilionário.

A atuação do bilionário no governo norte-americano gerou atritos na montadora Tesla e levantou rumores de que o CEO poderia ser substituído. Durante o Fórum Econômico do Catar, Musk aproveitou para colocar fim às dúvidas sobre seu comprometimento com a companhia.

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Ele garantiu que seguirá no comando da empresa pelos próximos cinco anos. “Meu compromisso com a Tesla é sobre controle de votos suficiente para que eu não possa ser solicitado a sair por investidores ativistas”, afirmou.

O bilionário ressaltou que a Tesla já dá sinais de recuperação. “Sim, perdemos algumas vendas, mas os números neste momento são fortes”. No entanto, a exceção é a Europa, que enfrenta tarifas e uma desaceleração na demanda por veículos elétricos, segundo o bilionário.

“A Europa é nosso mercado mais fraco”. Ele também chegou a mencionar um “declínio muito significativo” em abril.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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