O próximo presidente do Federal Reserve (Fed), que será indicado por Donald Trump, deve adotar uma postura mais dovish — ou seja, mais propensa a manter a taxa de juros dos Estados Unidos em níveis mais baixos. A avaliação é de Gabriel Hartung, economista da SPX Capital.
Segundo ele, Kevin Hassett, ex-assessor econômico de Trump, é um dos nomes cotados para comandar o banco central norte-americano.
E se isso acontecer, o Fed tende a adotar uma política mais leniente com a inflação, com tolerância maior a taxas acima da meta tradicional de 2% — algo como mirar 2,5% ao ano.
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A mudança pode até aliviar a economia no curto prazo, mas traz riscos. Um Fed mais complacente com os preços pode afetar a credibilidade da política monetária americana e pressionar o dólar.
“O ‘excepcionalismo americano’, que por anos sustentou a força da moeda, vem perdendo força”, alerta Hartung. “Mesmo com a economia ainda resiliente, o fluxo de capital para outros mercados está ganhando tração.”
A análise é compartilhada por Marina Valentini, estrategista do JP Morgan. Para ela, o cenário já é de um mundo multipolar em termos de atratividade para o capital. “Outros países estão contando histórias de crescimento consistentes. Isso dilui a hegemonia dos EUA como destino natural de investimentos.”
*Com informações de Money Times.