O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou a entrada em vigor das tarifas recíprocas sobre produtos de 69 parceiros comerciais, no início da madrugada desta quinta-feira (7).
"É meia-noite!!! Bilhões de dólares em tarifas estão agora fluindo para os Estados Unidos da América!", disse Trump, em publicação na Truth Social.
"Bilhões de dólares, principalmente de países que têm se aproveitado dos Estados Unidos por muitos anos, rindo ao longo do caminho, começarão a fluir para os EUA. A única coisa que pode parar a grandeza da América seria um tribunal de esquerda radical que quer ver nosso país falhar!", escreveu o presidente norte-americano, em outra publicação na mesma plataforma.
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As chamadas "tarifas recíprocas" foram atualizadas à 1h01 desta quinta, pelo horário de Brasília. No total, são 94 países diretamente atingidos, entre eles o Brasil, que está sujeito a uma taxa de 10%, além dos 40% adicionais impostos por Trump sob a justificativa de perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A relação traz 69 parceiros comerciais, incluindo a União Europeia, que tem 27 países-membros, e as Ilhas Malvinas, território britânico.
Chama a atenção, por exemplo, o alto porcentual para a Suíça, de 39%, só superado pelo da Síria (41%) e pelo de Laos e Myanmar (40%).
Trump lançou mão desse tarifaço global com a justificativa de tentar reverter ou equilibrar uma balança comercial que ao longo de décadas tem sido extremamente deficitária para os Estados Unidos.
O republicano acusa esses países de estarem "se aproveitando" dos EUA, já que vendem muito para os EUA, mas compram pouco do que os americanos produzem.
No caso brasileiro, porém, essa lógica não se aplica. O comércio entre o Brasil e os EUA tem sido há bastante tempo favorável aos americanos desde 2009, para ser mais exato. E, no primeiro semestre deste ano, a balança apontou um novo superávit para os americanos, de US$ 1,674 bilhão.
* Com informações de Estadão Conteúdo