Donald Trump voltou a bater o martelo. E, dessa vez, o som ecoou até a fronteira sul. Em vez de derrubar as tarifas sobre produtos mexicanos, o presidente dos Estados Unidos resolveu renová-las por mais 90 dias.
A mensagem, enviada diretamente pela rede do republlicano Truth Social, pareceu bem direta: o México continua sob pressão, mas tem uma janela para negociar.
Até lá, nada de trégua para o fentanil, o aço, o alumínio, o cobre e os automóveis. Todos seguem com as mesmas alíquotas punitivas já definidas: 25% sobre o fentanil e veículos, e 50% sobre os metais.
Segundo Trump, o México também concordou em encerrar imediatamente suas barreiras comerciais não tarifárias, que, segundo ele, “eram muitas”.
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A promessa, agora, é de diálogo. Os dois países devem seguir conversando nos próximos 90 dias com o objetivo de fechar um novo acordo comercial dentro desse prazo — ou além dele, se necessário.
Conversa com Sheinbaum anima Trump
No anúncio feito pela Truth Social, Trump destacou que teve uma conversa telefônica com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e classificou o diálogo como “muito bem-sucedido”.
Apesar do tom diplomático, o republicano manteve a linha vermelha traçada na fronteira entre dos dois países, com promessas de endurecimento contra a imigração ilegal e o tráfico de drogas.
Trump também ressaltou que as negociações com o México envolvem uma complexidade diferente das de outros países, por conta dos desafios — e também das vantagens — associados à longa fronteira compartilhada.
Reunião de alto escalão
Embora a conversa com Sheinbaum tenha sido por telefone, o presidente norte-americano informou que discutiu o tema em uma reunião com membros do alto escalão de seu governo.
Participaram do encontro o vice-presidente JD Vance, o secretário do Tesouro Scott Bessent, o secretário de Estado Marco Rubio, o secretário do Comércio Howard Lutnick, o representante comercial dos EUA (USTR) Jamieson Greer e o conselheiro de segurança da Casa Branca, Stephen Miller.
Pelo visto, o acordo pode até vir. Mas, por ora, o muro tarifário continua de pé.
*Com informações do Estadão Conteúdo