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Todos contra Trump: Europa e Canadá estão prontos para revidar tarifaço; Rússia recebe a primeira ameaça do republicano

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (EUA).

Donald Trump

Quando Donald Trump disse que uma chuva de tarifas cairia sobre os principais parceiros dos EUA, muitos analistas disseram que a estratégia do republicano era forçar esses países a voltar à mesa de negociações para obter termos comerciais mais vantajosos para os norte-americanos. Até agora, no entanto, o que ele conseguiu foi ira e revanche. 

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O primeiro a não deixar barato foi Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, que está sob a pressão de receber tarifas de 25% sobre os produtos de seu país a partir de 1 de fevereiro juntamente com o México. 

Norte-americanos, canadenses e mexicanos fazem parte do USMCA, o acordo comercial que deu lugar ao Nafta na primeira gestão de Trump. Na ocasião, o republicano dizia que o Nafta, do jeito estava, só favorecia os demais países e forçou a renegociação sob a mesma ameaça de taxação. 

Agora, usando o argumento de que as tarifas ajudarão a interromper a imigração não autorizada e o fluxo de drogas ilícitas nas fronteiras, Trump volta a fazer pressão. 

Trudeau respondeu, um dia depois da posse do republicano, prometendo responder a eventuais tarifas a produtos canadenses impostas pelos EUA. 

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Em coletiva de imprensa, o premiê evitou descartar opções para possíveis medidas de retaliação. "Tudo está sobre a mesa", disse Trudeau.

Apesar disso, ele afirmou que mantém conversas regulares com Trump e que pretende seguir tendo esses contatos. "Nosso foco é evitar tarifas", acrescentou. 

Nesta quarta-feira (20), foi a vez de a Europa responder às ameaças de Trump.

O comissário de economia da União Europeia (UE), Valdis Dombrovskis, disse que o bloco está pronto para responder "de forma proporcional" às tarifas norte-americanas. 

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"Se houver necessidade de defender nossos interesses econômicos, responderemos de forma proporcional", afirmou Dombrovskis à margem do Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça.

Dombrovskis fez questão de lembrar que os EUA e a Europa são aliados estratégicos, e é importante que trabalhem juntos, tanto geopolítica quanto economicamente.

Segundo ele, autoridades europeias estão em conversa com o novo governo norte-americano para encontrar uma solução pragmática para a discussão de tarifas e acrescentou que o crescimento global poderia sofrer se a relação econômica entre as duas nações fosse prejudicada.

"É importante manter essa relação de comércio e investimento porque essa fragmentação econômica global se instalaria, e há um risco real de que isso aconteça, e o FMI [Fundo Monetário Internacional] estima que isso significaria uma redução do PIB [Produto Interno Bruto] mundial em até 7%", afirmou Dombrovskis.

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Trump ameaça todo mundo… até a Rússia

Enquanto Trump usa tarifas para pressionar parceiros comerciais, nesta quarta-feira (22), o  presidente dos EUA falou, pela primeira vez, das sanções para ameaçar a Rússia e seus parceiros comerciais caso Vladimir Putin não aceite negociar o fim da guerra na Ucrânia.

Depois de dizer que sempre teve um relacionamento muito bom com o russo, Trump escreveu na rede Truth Social que faria "um grande FAVOR" a Putin — em maiúsculas — ao acabar com o conflito.

"PARE essa guerra ridícula. SÓ VAI FICAR PIOR. Se nós não fizermos um acordo, e rápido, eu não terei outra escolha senão colocar altos níveis de taxas, tarifas e sanções em qualquer coisa que seja vendida pela Rússia aos EUA e vários outros países participantes", escreveu.

A Rússia rebateu: "Não é meramente a questão de acabar com a guerra. É antes de tudo a questão de tratar das causas da crise ucraniana. Então, temos de ver o que o acordo significa para o entendimento do presidente Trump", disse o embaixador adjunto da Rússia na ONU, Dmitri Polianskii.

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*Com informações da CNBC e da Folha de S.Paulo

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