Site icon Seu Dinheiro

Reino Unido, Austrália e Canadá reconhecem Estado Palestino em anúncio histórico antes da Assembleia da ONU

Primeiro-Ministro do Reino Unido, Keir Starmer

O reconhecimento do Estado Palestino ganhou fôlego no cenário internacional. Neste domingo (21), Reino Unido, Austrália e Canadá anunciaram de forma coordenada que reconhecem formalmente a partir de agora a Palestina, em um movimento que busca reativar o debate sobre a solução de dois Estados como caminho para a paz no Oriente Médio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A iniciativa ocorre às vésperas da Assembleia Geral da ONU e se soma a pressões crescentes contra o governo israelense de Benjamin Netanyahu, em meio à crise humanitária na Faixa de Gaza e ao agravamento da guerra contra o Hamas.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou que a decisão tem como objetivo “reavivar a esperança de paz para palestinos e israelenses”. Ele condicionou o avanço da medida a três pontos principais:

Já o premiê australiano, Anthony Albanese, destacou que o reconhecimento “está em consonância com as legítimas e antigas aspirações do povo palestino em ter um Estado próprio”.

O governo canadense também se juntou ao anúncio, reforçando que o movimento faz parte de uma estratégia internacional para criar novo impulso político, começando pela libertação de reféns e um cessar-fogo imediato.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Estado Palestino isola Israel

O reconhecimento do Estado Palestino pelos três países aprofunda o isolamento diplomático de Israel, já que outros países europeus, como França e Portugal, devem apoiar a decisão durante a assembleia da ONU.

Em contrapartida, os Estados Unidos de Donald Trump se opõem ao reconhecimento, alinhando-se à posição israelense de que a prioridade deve ser a libertação dos reféns em Gaza antes de qualquer avanço político.

Netanyahu reagiu de forma dura ao anúncio deste domingo, classificando o reconhecimento como um “prêmio ao terrorismo do Hamas” e uma ameaça à segurança regional.

No Reino Unido, o movimento é uma resposta a pressões internas. A população e setores do Partido Trabalhista vinham cobrando uma posição mais firme em relação a Gaza, em meio às imagens de destruição e ao número crescente de mortos na região.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apesar do gesto, o governo britânico ainda evita acusações formais de genocídio contra Israel e mantém parte das vendas de equipamentos militares ao país.

Ainda assim, a pressão diplomática já se traduz em sanções contra ministros do governo Netanyahu e até na possibilidade de prisão do premiê israelense caso ele visite o território britânico, com base em legislações internacionais.

Um novo capítulo na diplomacia do Oriente Médio

Ainda que não altere de imediato a dinâmica do conflito, o reconhecimento coordenado de três aliados ocidentais é simbólico: mostra que o debate sobre a solução de dois Estados voltou ao centro das discussões globais.

Para os críticos, a medida é insuficiente diante da escalada da violência em Gaza. Para os defensores, é um passo necessário para recolocar palestinos e israelenses em um caminho de negociação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

*Com informações do Broadcast e do InfoMoney.

Exit mobile version