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Nem Apple, nem UnitedHealth: a maior posição da Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, é outra

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Há algumas semanas, investidores atuaram como detetives para descobrir “as ações secretas” de Warren Buffett. No trimestre passado, o megainvestidor pediu para manter uma ou mais posições como confidenciais no relatório 13F — documento obrigatório da SEC (a CVM dos EUA) para institucionais com mais de US$ 100 milhões alocados. 

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Com isso, a divulgação do relatório ontem (14) era aguardada com ansiedade. A maior novidade foi a alocação de US$ 1,57 bilhão na UnitedHealth (UNH), equivalente a 5 milhões de ações. 

Considerando todo o portfólio, trata-se de uma posição pequena, de 0,61%, mas causou curiosidade. 

A empresa, que já foi referência no setor de saúde dos Estados Unidos, não vive o melhor dos momentos. O Departamento de Justiça investiga suas cobranças via Medicare por suspeita de irregularidades; o grupo teve um CEO assassinado e outro renunciou em um prazo de seis meses, além de números fracos no balanço e revisão do guidance de 2025 para baixo. 

A suspeita do mercado é que o atrativo são os múltiplos mais baratos em uma década. A UnitedHealth negocia a um preço sobre lucro (P/L) de 12 vezes, enquanto a média do S&P 500 — tirando as big techs — está em 22 vezes. 

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Esse múltiplo atraiu outros grandes investidores, como David Tepper, da Appaloosa Management, que alocou 11,85% de seu portfólio nas ações no último trimestre. No período, a Eagle Capital Management também foi às compras e aumentou sua participação em 2,75%, alcançando 5,37 milhões de ações — única posição maior que a de Buffett. 

O que Warren Buffett comprou e o que vendeu 

Ainda não se tem clareza se a compra da UnitedHealth eram as “ações secretas” da carteira de Buffett do trimestre anterior, mas foram a maior novidade do relatório. 

Outras posições adquiridas no trimestre anterior foram: 

A Berkshire também aumentou sua participação em nomes já consagrados da carteira, como a petroleira Chevron (CVX), o conglomerado de bebidas Constellation Brands (STZ) e a siderúrgica Nucor (NUE)

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Por outro lado, Apple (AAPL) e Bank of America (BAC) passaram por mais vendas. Foram diminuições marginais, de 1,59% e 0,48% do portfólio, respectivamente. Ambas continuam no Top 3 do ranking de maiores investimentos da holding. 

Já a operadora de telefonia T-Mobile saiu completamente da carteira após a venda da fatia remanescente de US$ 1 bilhão. 

O balanço da Berkshire mostrou que a holding vendeu mais ações do que adquiriu pelo 11º trimestre consecutivo. Foram US$ 6,92 bilhões em vendas e US$ 3,9 bilhões em compras, segundo o Wall Street Journal.  

A maior posição da Berkshire Hathaway 

Por fim, a maior posição de todas da holding de Warren Buffett continua sendo o seu caixa: a reserva de liquidez fechou em junho em US$ 344 bilhões. 

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Trata-se de um valor um pouco menor do que os US$ 347,7 bilhões de março, mas segue em níveis recordes para a empresa. 

No encontro anual com investidores, realizado em maio, o megainvestidor afirmou que a Berkshire encontrará oportunidades para aplicar seus níveis recordes de caixa provavelmente nos próximos cinco anos.

"É muito improvável que isso aconteça amanhã", disse Buffett, em resposta sobre o motivo da reserva de caixa tão alta. "Não é improvável que aconteça em cinco anos."

As cinco maiores posições da Berkshire Hathaway 

Empresa (ticker)% no portfólioQuantidade de açõesMovimentação (último trimestre)
Apple (AAPL)22,31%280.000.000-1,59%
American Express (AXP)18,78%151.610.700não teve
Bank of America (BAC)11,12%
605.267.375
-0,48%
Coca-Cola (KO)10,99%400.000.000não teve
Chevron (CVX)6,79%122.064.792+0,19%
Fonte: ValueSider Superinvestor Portfolios
Atualizado em 14 de agosto de 2025.
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