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Fogo alto: o dia em que o embaixador baixou a temperatura entre Lula e Trump

O Touro de Wall Street, no distrito financeiro de Manhattan, em Nova York, nos EUA.

Ninguém imaginava que a relação entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump seria fácil, mas nesta quarta-feira (26), o embaixador Maurício Lyrio precisou entrar em cena para baixar a temperatura. 

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Lula fez uma série de críticas veladas aos EUA condenou o unilateralismo e a negociação baseada na lei do mais forte de Trump — em um discurso inflamado. 

Foi preciso acionar o embaixador, mas não qualquer embaixador. Lyrio é o negociador-chefe do Brasil nas conversas com o Brics, grupo formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e que foi ampliado no ano passado com outros países emergentes

“O momento agora é de apostar mais no multilateralismo porque precisamos de mais multilateralismo e não menos, como corremos o risco nesse momento. Não é uma visão contra nenhum país, não é uma visão confrontacional, é uma visão que tem a ver com o DNA do Brics”, disse.

Os panos quentes do embaixador tem endereço certo: o Brics está na mira de Trump e pode ser o próximo alvo das tarifas do presidente norte-americano caso siga com o plano de adotar uma moeda diferente do dólar para as trocas comerciais.

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Só que a briga do "quem pode mais" vai além de aliados de longa data dos EUA como o México ou do Brasil e chega aos mercados. 

Nesta quarta-feira (26), por exemplo, a aversão ao risco tomou conta da bolsa de Nova York em meio aos sinais de endurecimento da questão tarifária de Trump — após reiterar que as taxas para México e Canadá entrarão em vigor na próxima semana, o republicano disse hoje que pretende aplicar tarifas para a União Europeia (UE).

Encarar o México, o Canadá e até mesmo o Brasil pode ser fácil para Trump, mas o papo com Wall Street é outro. 

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