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Escalada da guerra dos chips: a decisão de Trump que derruba ações de gigantes na bolsa de Nova York — nem a Nvidia (NVDC34) escapou

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Donald Trump se prepara para trazer de volta uma medida que já está causando estragos entre as big techs mesmo sem uma confirmação oficial. De acordo com o Wall Street Journal, o governo norte-americano planeja revogar as isenções que permitem a fabricantes globais de semicondutores acessar a tecnologia norte-americana na China. 

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Se colocada em prática, a medida, que já teria sido comunicada a grandes players da indústria, pode agravar as tensões comerciais já existentes entre os países. 

Empresas como Samsung, Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) e SK Hynix, da Coreia do Sul, são as mais afetadas — mas não as únicas.

Não à toa, os papéis de gigantes do setor de chips operaram em queda em Nova York nesta sexta-feira (20). As ações da Nvidia caíam 1,12%, enquanto os papéis da TSMC e da Broadcom recuaram 1,87% e 0,27%, respectivamente. 

O desempenho dessas ações pressionou a Bolsa de Nova York de maneira geral. Confira o movimento dos mercados aqui.

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O que muda com a decisão de Trump 

Atualmente, as empresas podem enviar equipamentos de fabricação de chips dos EUA para suas fábricas na China, sem licenças individuais. Com a revogação desta isenção, provavelmente terão que buscar licenças caso a caso ou substituir equipamentos norte-americanos por alternativas japonesas ou europeias. 

A matéria do WSJ afirma que as fábricas chinesas mais afetadas fazem parte de uma cadeia de suprimentos global de chips. 

Há algumas semanas, a Casa Branca já havia suspendido vendas de chips de alta performance da Nvidia e da Advanced Micro Devices (AMD) para a China.

A ação é descrita como parte de uma repressão do governo Trump ao acesso chinês a tecnologias norte-americanas mais críticas. A ideia é alinhar o sistema de licenciamento de equipamentos de chips ao que a China aplica para materiais de terras raras, segundo autoridades da Casa Branca. 

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A medida não é vista como uma nova escalada comercial, mas como um processo recíproco.

Diplomaticamente e economicamente, o movimento é descrito como problemático pelo jornal norte-americano. Pequim pode interpretar a revogação do benefício como uma traição ao acordo comercial recente de Londres. 

Além disso, a iniciativa pode tensionar as relações com os governos da Coreia do Sul e de Taiwan, aliados dos norte-americanos, cujas empresas fizeram investimentos significativos nos EUA. 

A revogação das isenções, no entanto, ainda não é um fato consumado. Há divisões dentro do governo norte-americano. Opositores temem que a medida possa fortalecer as empresas chinesas e dar à China maior controle sobre essas fábricas.

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