Site icon Seu Dinheiro

Seu salário dura até o fim do mês? Para a maioria dos brasileiros a resposta ainda é ‘não’ — mas isso já foi pior

primeira parcela décimo terceiro salário carteira de trabalho dinheiro

Há quem fale em vender o almoço para comprar a janta. Outros entendem que os boletos sempre vencem. De um modo ou de outro, a sensação é a mesma: a de que o salário acaba muito antes do fim do mês. Agora, uma pesquisa promovida pela SalaryFits, subsidiária da Serasa Experian, comprova empiricamente o que mais da metade dos brasileiros já sabiam de maneira intuitiva. Para 54% dos trabalhadores com registro em carteira ou pejotizados, o salário não chega ao fim do mês.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Embora seja uma notícia ruim, a situação já foi pior. O porcentual de brasileiros para os quais o salário não chega ao fim do mês é o mais baixo da série histórica da SalaryFits, iniciada em 2018. Em relação ao ano passado, por exemplo, houve uma queda de oito pontos percentuais. Em 2024, o salário acabava antes do fim do mês para 62% dos trabalhadores.

As despesas que consomem o salário dos brasileiros

Pode não ser necessariamente vender o almoço para comprar a janta, mas é fato que a alimentação pesa no bolso do trabalhador brasileiro. Segundo a pesquisa, a alimentação é responsável por ‘comer’ 77% da remuneração mensal do trabalhador, seguida pelas tradicionais contas de casa, como água e luz, que ‘secam’ o orçamento de 71% dos brasileiros.

LEIA MAIS: Quer viver de renda? Descubra quanto é preciso investir com calculadora gratuita do Seu Dinheiro

Seguindo no balaio das despesas, alguns dos maiores responsáveis pela pressão financeira são o financiamento de imóveis e veículos, que atinge 52% da população, os empréstimos, que representam 36%, e as compras de roupas, com 33%. Além disso, os gastos com educação também têm um impacto considerável, representando 20% das despesas dos brasileiros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Bicos e a realidade da educação financeira no Brasil

A pesquisa ainda mostra que, para muitos, a solução é buscar fontes de renda extra, com 49% dos entrevistados recorrendo a trabalhos paralelos para evitar o vermelho nas contas. As alternativas mais comuns incluem o uso de linhas de crédito, como o cartão de crédito (23%), o cheque especial (12%) e empréstimos. Além disso, uma boa parte recorre à renda familiar para conseguir cobrir os gastos.

Entre as alternativas, também há quem trabalhe dobrado, atuando como freelancer (8%), ou ainda busque um adiantamento salarial (3%). Contudo, o cenário é mais grave para uma parcela de 5% dos trabalhadores, que enfrentam a dura realidade de não conseguirem nem mesmo completar o mês com o salário, tampouco possuem alternativas de renda extra.

Por fim, a pesquisa ainda mostra que 75% dos entrevistados não conseguiriam arcar com uma despesa inesperada de R$ 10 mil, que 66% enfrentaram dificuldades financeiras nos últimos cinco anos e 33% foram negativados no último ano, com 17% ainda lidando com as consequências dessa situação.

Exit mobile version