As bets são mais populares do que a maioria dos produtos financeiros para investimento no Brasil. Pelo menos 15% dos brasileiros — um total de 23 milhões de pessoas — realizaram pelo menos uma aposta online em 2024, segundo pesquisa da Anbima e do Datafolha.
A 8º edição do Raio-X do Investidor, divulgada nesta terça-feira (29), mostrou que os únicos investimentos que tem uma penetração maior do que as bets são a caderneta de poupança (64%) e os títulos privados (17%), que incluem os títulos de renda fixa mais populares, como CDBs, LCIs e LCAs.
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Acontece que, em 43% dos casos, os apostadores e os investidores podem ser a mesma pessoa.
O levantamento mostrou que há mais apostadores dentro da população investidora (17%) do que entre os brasileiros que não investem (13%).
E não só. A penetração de apostadores é maior nas classes A/B (16%) e C (17%) do que na classe D/E (10%).
O perfil de apostadores que coincide com o perfil de investidores gasta, em média, R$ 241 por mês com as apostas online, segundo a pesquisa. Porém, pouco mais da metade desse grupo aposta até R$ 50 por mês, de modo que uma parcela menor tem gastos elevados que ultrapassam R$ 600 por mês.
Dinheiro fácil e emoção com as Bets
As principais motivações para apostar seguem sendo as chances de ganhar dinheiro rápido e de ganhar muito dinheiro de uma vez só, assim como mostrou o Raio-X de 2023.
A premissa se aplica tanto para os apostadores que são investidores quanto para os que não são. Porém, entre os investidores, a motivação da alta quantia de uma única vez se sobrepõe ao dinheiro rápido, sendo 19% e 17%, respectivamente.
A emoção de apostar e a jogatina como diversão são motivações intermediárias que também predominam entre os apostadores que são investidores.
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Enquanto a emoção de apostar foi escolhida por 12% da população que aposta, mas não investe, para os investidores apostadores chega a 16%. No caso da diversão, os percentuais são de 10% e 18%, respectivamente.
O detalhe é que 47% das pessoas que apostam têm dívidas atrasadas, segundo o levantamento da Anbima e do Datafolha. E o índice é ainda mais alto entre aqueles que consideram as apostas uma forma de investimento (51%).