Dominar o conceito de reserva de valor é fundamental para compreender o universo das finanças — e também para a prática de investir. A reserva de valor tem como objetivo preservar o poder aquisitivo e o patrimônio do investidor.
Quando um ativo financeiro cumpre essa função na carteira, significa que ele mantém o poder de compra do capital investido ao longo do tempo, mesmo diante da volatilidade dos mercados e da inflação.
Nesse sentido, destacam-se ativos como o ouro, imóveis, títulos públicos indexados à inflação e moedas fortes. Mais recentemente, o bitcoin tem mostrado essa mesma capacidade.
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O ouro como reserva de valor
O ouro, por exemplo, historicamente é visto como um porto seguro em tempos de instabilidade. Isso porque a oferta limitada e aceitação global do metal precioso garantem que seu valor permaneça relativamente estável ao longo do tempo.
Mais recentemente, o ouro vem renovando recorde atrás de recorde. Ainda assim, analistas avaliam existir espaço para que a cotação continue subindo no futuro próximo.
Do dólar e outras moedas
Moedas consideradas fortes também são reconhecidas como reserva de valor.
Embora o mercado de câmbio seja extremamente volátil, algumas moedas estrangeiras ajudam a proteger o patrimônio quando a real sofre forte desvalorização.
Destacam-se entre elas o dólar, o euro, a libra esterlina e o franco suíço.
Em anos recentes, o bitcoin também vem sendo apontado por especialistas como reserva de valor.
A escolha correta e o porcentual a ser investido nessa classe de ativos dependem do perfil de investidor, do cenário econômico e do horizonte de tempo em vista.
Título públicos indexados à inflação
Títulos públicos atrelados à inflação são instrumentos financeiros conhecidos pela capacidade de garantir retorno real, ou seja, acima da inflação. Isso significa que ele não apenas preserva, mas até mesmo aumenta o poder de compra do investidor. Estre as opções de reserva de valor nesses títulos destaca-se o Tesouro IPCA+.
Os imóveis e seus inconvenientes
Mesmo com a modernização do mercado de capitais nos últimos anos, os imóveis ainda fazem a cabeça de muitos investidores mais conservadores como reserva de valor.
Em geral, o investimento em imóveis costuma aliar renda passiva e valorização de longo prazo.
No entanto, é preciso ter atenção quanto a uma série de inconvenientes quando o assunto é patrimônio imobilizado, como:
- baixa liquidez, o que dificulta a venda rápida do bem;
- custo elevado de manutenção e impostos que devem ser pagos mesmo sem gerar rendimento;
- risco de vacância;
- custos com burocracia e documentação;
- volatilidade do mercado imobiliário; e
- incerteza de valorização.