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XP cobra na Justiça a Grizzly Research por danos milionários após acusações de esquema de pirâmide 

Foto mostrando dois homens olhando para o logo da XP (XPBR31) numa parede

XP

Passou quase um trimestre desde que a Grizzly Research, uma casa de análises gringa especializada em recomendações de venda, acusou a XP Inc. (XPBR31) de estar envolvida em um esquema de pirâmide financeira. Mas a corretora não deixou o caso quieto.

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Nesta segunda-feira (7), a XP entrou com um processo judicial nos Estados Unidos contra a Grizzly e o principal executivo da casa de análises, Siegfried Eggert.

No processo, a XP acusa a casa de análises de difamação e afirma que o relatório divulgado pela Grizzly causou danos de mais de US$ 100 milhões, tanto em perdas financeiras quanto em danos à sua reputação. 

A ação foi protocolada no Tribunal Distrital Federal do Distrito Sul de Nova York e alega que a Grizzly supostamente divulgou o artigo falso com o objetivo de manipular o mercado e prejudicar a reputação da XP para obter lucro.

“As alegações feitas no relatório da Grizzly são comprovadamente falsas e enganosas. A ação movida pela XP busca justiça e responsabilização da Grizzly e de Eggert por seu esquema ilegal de ‘short-and-distort’”, afirmou Dan Fetterman, ex-promotor federal e sócio do escritório Kasowitz, que representa a XP no processo.

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A corretora alega que o relatório fez com que clientes antigos, investidores e parceiros comerciais sacassem seus fundos, alimentando um clima de desconfiança.

Em resposta a essa situação, a XP está buscando indenizações compensatórias e punitivas por meio da ação judicial.

Relembre a acusação de esquema de pirâmide na XP

A polêmica teve início em março, quando a Grizzly divulgou um relatório acusando a XP de estar “executando um esquema Ponzi massivo”. 

Segundo a análise, o esquema seria facilitado por algumas vendas de derivativos para clientes de varejo, camufladas como lucros de negociações proprietárias. 

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Nesses esquemas, os retornos pagos aos investidores na verdade teriam origem no dinheiro de novos investidores — típico de esquemas de pirâmide financeira.

O centro dessa acusação estaria em um fundo da XP, o Gladius, que, segundo a Grizzly, estaria “pagando indevidamente prêmios aos novos investidores com o dinheiro de vendas de COEs (Certificados de Operações Estruturadas) para a XP como lucros”.

Na época, a própria corretora decidiu tirar a limpo a história. Em resposta às acusações, a XP afirmou que “possui um modelo sólido de negócios que beneficia o investidor e não tolera qualquer tipo de disseminação de fake news”.

A corretora também esclareceu que os fundos Gladius e Coliseu não captam recursos de clientes, pois são veículos exclusivos da tesouraria da empresa, com a companhia sendo a única cotista.

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O processo contra a Grizzly Research

No processo, a XP não poupou críticas à Grizzly e a Siegfried Eggert. 

A corretora alega que o relatório foi publicado de forma “maliciosa e imprudente”, com o único intuito de derrubar o preço das ações da XP, permitindo que a Grizzly lucrasse com suas posições vendidas (short).

Vale lembrar que a Grizzly é especializada em teses de venda de ações e se define como uma empresa de análise que baseia seus relatórios em “opiniões” e não em “fatos”.

“Essas casas lucram derrubando os preços das ações e títulos das empresas que supostamente analisam”, disse a XP na época sobre a Grizzly. 

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Importante destacar que outras empresas especializadas em venda a descoberto também foram processadas nos EUA por relatórios supostamente difamatórios. 

Procurada pelo Seu Dinheiro, a assessora de imprensa da XP no Brasil afirmou que a empresa não comentará sobre o processo.

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