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WEG (WEGE3) ignora tombo das ações na B3 e anuncia novo investimento bilionário, agora em Santa Catarina. O que está por trás da estratégia?

Weg (WEGE3)

Weg (WEGE3)

A "fábrica de bilionários" da B3 tem novos planos ambiciosos na mira. A WEG (WEGE3) anunciou nesta terça-feira (30) que quer investir aproximadamente R$ 1,1 bilhão em Santa Catarina.

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O objetivo por trás do investimento bilionário é a expansão e melhoria de fábricas no estado, de acordo com o fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) hoje.

Do total, cerca de R$ 900 milhões serão destinados à construção de um novo parque fabril e outros R$ 160 milhões serão direcionados à ampliação da planta existente em Jaraguá do Sul.

O movimento ocorre em um momento de pressão sobre as ações da WEG na bolsa brasileira. No ano, os papéis WEGE3 acumulam queda de 30%, na contramão do Ibovespa, que sobe cerca de 20% desde janeiro.

Entre os fatores para a retração dos papéis estão a valorização do real frente ao dólar, a frustração com os resultados corporativos do segundo trimestre e os reflexos da guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos.

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Para o JP Morgan, entretanto, a notícia deve ter um efeito positivo nos papéis da empresa no pregão desta terça-feira (30). "É bom ver em quais segmentos a WEG está investindo para acelerar seu crescimento a médio e longo prazo", diz o relatório.

Os analistas também apontam que R$ 1,1 bilhão não é muito relevante do ponto de vista do balanço patrimonial. O valor é 12% do que o banco projetou em investimentos pela empresa até 2028.

Por trás do investimento bilionário da WEG (WEGE3)

A WEG afirma que investimento irá ampliar o portfólio de produto e elevar a capacidade produtiva da unidade Energia, incluindo a construção do novo parque, que será dedicado à produção de equipamentos de grande porte, como compensadores síncronos e turbogeradores.

O objetivo é aumentar o escopo de prestação de serviços para motores, geradores e turbina hidráulica.

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Já em termos de localização, a escolha considera fatores como a proximidade do corpo técnico de Jaraguá do Sul, a disponibilidade de mão de obra qualificada na região e a infraestrutura logística, com acesso à BR-101, à BR-280 e aos principais portos catarinenses, diz a WEG.

A empresa também prevê que a ampliação em Jaraguá do Sul aumentará a fábrica da unidade Energia, com a adição de 11.250 m² à área produtiva.

“A expansão visa atender ao crescimento orgânico da demanda pelos produtos já fabricados na unidade, garantindo maior eficiência operacional e suporte ao crescimento da companhia”, escreveu a empresa, em comunicado.

O JP Morgan afirma que o anúncio corrobora a tese de que as receitas voltarão a acelerar, visto que esses investimentos representam oportunidades de crescimento. O principal motor é a tendência de eletrificação, alvo dos principais investimentos da WEG. A execução do plano deve acontecer até 2028.

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Apetite renovado e recomendação de investimento

O desempenho negativo das ações da WEG neste ano não impede os planos arrojados da companhia, muito menos o ritmo de investimentos.

O anúncio da expansão fabril em Santa Catarina ocorre na mesma semana de outro anúncio. A WEG informou investimento de US$ 77 milhões para modernizar sua fábrica de transformadores especiais localizada em Washington, nos Estados Unidos.

O objetivo da companhia é elevar a capacidade produtiva em 50%, de olho em intensificar a posição nos EUA. O investimento lá fora visa a produção de transformadores que desempenham um papel relevante no suporte à expansão da manufatura industrial, dos data centers e da estabilidade da rede elétrica no país.

“Essa modernização fortalece a posição da WEG em segmentos estratégicos, críticos para a expansão da infraestrutura elétrica nos EUA”, disse, no comunicado.

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A recomendação do JP Morgan para as ações da WEG é overweight, equivalente a compra. O relatório afirma que os papéis estão sendo negociados a 14,3 vezes o valor de mercado pelo lucro operacional (EV/Ebitda), enquanto os pares negociam a 18,6 vezes, o que indica um preço "mais barato".

O último preço-alvo indicado pelo banco e de R$ 50, estabelecido em 31 de julho. O valor representa um potencial de valorização de 33,8% frente ao fechamento de mercado anterior, de R$ 36,37.

*Com informações do Money Times.

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